10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17482 - CONTROVÉRSIAS SOBRE COLINESTERASE PLASMÁTICA NA EXPOSIÇÃO AOS INIBIDORES DE COLINESTERASE NEICE MULLER XAVIER FARIA - SMS-BG, UFPEL, ANACLAUDIA GASTAL FASSA - UFPEL, RODRIGO DALKE MEUCCI - FURG, NADIA SPADA FIORI - UFPEL, CARLOS AUGUSTO MELLO DA SILVA - CIT-RS, MARIA LAURA VIDAL CARRET - UFPEL
Introdução: O uso de inseticidas tem se intensificado na produção agrícola e no controle de endemias. A Butiryl-Colinesterase plasmática (BCHE) é usada para monitorização biológica da exposição aos inseticidas organofosforados (OF) e carbamatos. Apesar de exigência legal, existem controvérsias sobre esta monitorização.
Métodos: Estudo transversal realizado entre aplicadores de agrotóxicos na fumicultura. Foram coletadas informações sociodemográficas, ocupacionais, uso de EPI, sintomas relacionados aos agrotóxicos (SRA), exame médico padronizado e medidas de BCHE na baixa e alta exposição. Caracterizou-se agrotóxicos utilizados conforme tipos químicos e data da última exposição. A avaliação feita por médicos e toxicologistas classificou as intoxicações por agrotóxicos em caso possível ou provável. A análise foi feita pelo teste qui-quadrado, tendência linear, teste t para comparação de médias e regressão de Poisson.
Resultados: Entre 492 fumicultores estudados, 43% tiveram exposição recente a OF ou Carbamatos, com elevação da BCHE média no uso intensivo (p< 0,001). Cinco pessoas (2,4%) apresentaram redução ≥ 20% na BCHE. Houve mais redução de BCHE no grupo mais exposto. Não foram verificadas associações com nenhum critério de intoxicação aguda, nem associação entre BCHE e uso de EPI.
Conclusão: Embora consistente com alguns estudos, os achados da BCHE contrastam com diversos autores. Possíveis explicações incluem tolerância à exposição prolongada, diferenças na metodologia analítica, polimorfismo genético, outras doenças e problemas com o padrão ouro.
Novos estudos deverão investigar estas possibilidades, definir recomendações para os serviços, incluindo periodicidade e pontos de corte e buscar novos biomarcadores para monitorar exposição aos inibidores de colinesterase e outros agrotóxicos.
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