10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17569 - EXPOSIÇÃO À VIOLÊNCIA COMUNITÁRIA E OCORRÊNCIA DE PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS EM SALVADOR-BA LETÍCIA MARQUES DOS SANTOS - UFBA, THALITA MADEIRA ALMEIDA - UFBA, MARIA FERNANDA TOURINHO PERES - USP, MAURÍCIO L. BARRETO - FIOCRUZ, DARCI NEVES DOS SANTOS - UFBA
Introdução: Violência comunitária (VIOCOM) é um problema de saúde pública com consequências negativas sobre o desenvolvimento e ajustamento comportamental na adolescência, período quando os efeitos da são mais evidentes, especialmente para ocorrência de comportamentos externalizantes. Objetivos: analisar a associação entre exposição à VIOCOM e ocorrência de problemas de comportamento em adolescentes residentes em Salvador. Metodologia: Estudo transversal com 1007 adolescentes do projeto SCAALA-Salvador. Aplicaram-se questionário estruturado de exposição à VIOCOM, composto por 3 domínios - percepção da violência, vitimização direta e vitimização indireta -, e Youth Self Report, que avalia a ocorrência de problemas de comportamento, externalização e internalização, além de questionário socioeconômico. Realizou-se regressão logística múltipla para estimar associação entre problemas de comportamento e exposição à VIOCOM, ajustado por confundidores. Resultados: Prevalência de problemas de comportamento entre adolescentes de 21,7%, sendo 6,1% internalizantes e 36,2% externalizantes; 25,3% dos adolescentes apresentaram altos níveis de percepção de VIOCOM, sendo 19,9% expostos a pelo menos um ato de violência, enquanto que 63,1% já testemunharam pelo menos dois atos de VIOCOM. Havia maiores chances de ocorrência de problemas de comportamento entre adolescentes que percebiam maiores níveis de VIOCOM (OR:4,59;IC95%:2,75-7,65), ou foram vítimas da VIOCOM (OR:4,60;IC95%:2,24-9,45); há também maiores chances de apresentarem externalização quando percebiam maiores níveis de VIOCOM (OR:2,74;IC95%:1,83-4,12), foram vítimas ou testemunhas da VIOCOM (OR:2,66;IC95%:1,28-5,52/OR:2,09;IC95%:1,28-3,39). Conclusão: Exposição à VIOCOM tem efeitos deletérios sobre a saúde mental do adolescente, especialmente na ocorrência de externalização, expressa por comportamentos agressivos e violação de regras.
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