10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17982 - O IMC ELEVADO NO INÍCIO DA VIDA ADULTA É FATOR DE RISCO PARA INCIDÊNCIA PRECOCE DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS? 2.ADULTOS BRASIL (PNS-2013) WOLNEY LISBOA CONDE - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), BETZABETH SLATER - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, JÉSSICA CUMPIAN SILVA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), CAMILA MEDEIROS DA SILVA MAZZETI - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
Objetivos: Analisar o efeito do Índice de Massa Corporal (IMC) aos 20 anos sobre a incidência precoce de 3 das doenças crônicas não transmissíveis (câncer, hipertensão arterial e diabetes melitus) mais prevalentes durante a vida adulta. Métodos: Utilizamos dados da PNS-2013(Brasil) sobre idade de incidência de câncer, hipertensão arterial e diabetes [3DCNT], IMC aos 20 anos [IMC20], idade atual, etnia, escolaridade, renda domiciliar, atividade física, tempo de tabagismo e consumo álcool. A regressão de Cox foi usada para estimar o efeito (harzard ratio[HR]) do IMC20 sobre o tempo de incidência de qualquer das 3 DCNT entre adultos de 30 a 49 anos, ajustado para as demais variáveis. Resultados: Homens com IMC20 acima de 25kg/m2 apresentam HR=1,9 e acima de 30kg/m2 HR=4,2 de serem diagnosticados com uma das 3DCNT antes de 50 anos. Entre mulheres, os riscos foram, respectivamente, de HR=1,4 e HR=2,1. Alta escolarização foi fator protetor em homens (HR=0,98) e mulheres (HR=0,96). Entre mulheres cor da pele não-branca é fator de proteção; para homens, residir em área rural também é fator protetor. Obesidade aos 20 anos antecipa em 8 anos, relativamente aos pares com excesso de peso, a incidência de uma das 3DCNT entre homens e 4 anos entre mulheres. Conclusão: O IMC do início da vida adulta é fator de risco elevado e modificável para incidência de uma das 3DCNT. Os efeitos diretos e indiretos do IMC20 são multiplicativos e indicam a relevância de prevenir o ganho excessivo de peso durante e ao final da adolescência.
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