10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18119 - HANSENÍASE E INCAPACIDADES FÍSICAS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA DO PARÁ JANETE SILVA REZENDE DA SILVA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, IACÍ PROENÇA PALMEIRA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, ANTONIA MARGARETH MOITA SÁ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, ANGELA MARIA RODRIGUES FERREIRA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, KAMILA NANCY GONÇALVES DA GAMA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
Objetivo: Analisar o grau de incapacidade física (GIF) nos casos novos de hanseníase, diagnosticados em uma Unidade de Referência do Pará, no período de 2005 a 2014. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, cuja amostra final foi constituída de 323 prontuários. Utilizou-se o cálculo da Razão de Prevalência (RP) para verificar a força de associação entre as variáveis, adotando-se nível de significância de 5% (p< 0,05) e intervalo de confiança de (IC= 95%). Resultados/ Discussão: Constatou-se que 28,1% dos casos já apresentavam algum GIF no diagnostico, sendo que 17,6% grau 1 e 10,5% com grau 2. Ter quatro ou mais nervos afetados, ter a forma multibacilar e possuir renda de até três salários mínimos aumentaram em 17, 7.2, e 5.7, respectivamente, a prevalência das incapacidades físicas. Esse percentual é preocupante, pois reflete a deficiência da Atenção Básica em diagnosticar e tratar precocemente a doença, evitando a sua evolução para formas multibacilares e, consequente, comprometendo os nervos. Alie-se a tal fato, a associação da hanseníase à pobreza de seus acometidos que estão mais propensos a desenvolver incapacidades, devido às condições precárias de moradia, nutrição, acesso aos serviços de saúde, entre outros. Conclusões: O diagnóstico da hanseníase é tardio e há necessidade de reflexões sobre ações eficazes para o controle dessa endemia, visando o alcance do Plano de Eliminação, bem como o combate às iniquidades sociais.
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