10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18130 - EVENTOS ADVERSOS À TALIDOMIDA EM PACIENTES COM ERITEMA NODOSO HANSÊNICO PAULA LANA DE MIRANDA DRUMMOND - UFMG, ROBERTA MÁRCIA MARQUES DOS SANTOS - FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS, GABRIELA OLIVEIRA CARVALHO - UFMG, CRISTIANE APARECIDA MENEZES DE PÁDUA - UFMG
Objetivos: Estimar a frequência de eventos adversos associados ao uso de talidomida em pacientes com eritema nodoso hansênico (ENH) e avaliar atividades relacionadas à prescrição, dispensação e farmacovigilância do medicamento.
Métodos: Estudo transversal envolvendo pacientes (≥ 18 anos) com ENH, em tratamento com talidomida, atendidos no Hospital Eduardo de Menezes, referência em infectologia em Minas Gerais. Pacientes foram entrevistados com relação a variáveis sociodemográficas, ao tratamento com talidomida, uso de métodos contraceptivos e ocorrência de eventos adversos.
Resultados: Cento e dez pacientes participaram do estudo, a maioria (65,5%) do sexo masculino, com média de idade de 47,8 anos. O tempo médio de uso de talidomida foi de 37,3 meses. 61% dos pacientes tinham ensino fundamental incompleto e 80% possuía renda mensal de até dois salários mínimos. Aproximadamente 20% dos pacientes desconhecia o motivo do uso de talidomida para o tratamento de ENH. O uso de preservativo foi relatado por 37% dos pacientes e 60,5% das mulheres usavam medroxiprogesterona, sendo que 23,7% delas não estavam em idade fértil. Os eventos adversos mais frequentes foram pele seca (95,5%), parestesia (86,4%), sonolência (77,3%), ganho de peso (66,4%) e adinamia (61,8%). Eventos adversos graves como trombose (6,4%), AVC (1,8%) e convulsão (2,7%) também foram relatados.
Conclusão: Eventos adversos foram muito comuns entre os pacientes. Aparentemente, a maioria deles compreende o tratamento e percebe a ocorrência de eventos adversos. Apesar de poucos pacientes relatarem uso de preservativo, as mulheres em idade fértil usam anticoncepcional e nenhum caso de teratogenicidade foi relatado.
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