10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18148 - MORBIDADE HOSPITALAR DO CÂNCER DE TIREOIDE NO BRASIL ANNE KARIN DA MOTA BORGES - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER/INCA, SÉRGIO KOIFMAN - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA/FIOCRUZ, ROSALINA JORGE KOIFMAN - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA/FIOCRUZ
Objetivo: descrever o perfil clínico-epidemiológico da coorte hospitalar de pacientes diagnosticados com câncer de tireoide primário no Brasil. Métodos: foi realizada uma análise exploratória das bases de dados dos 251 Registros Hospitalares de Câncer (RHC) do país que tiveram casos registrados de câncer de tireoide, cuja primeira consulta para tratamento do tumor ocorreu no período de 2000 a 2013. Para as variáveis contínuas foram calculadas medidas de tendência central e dispersão e, para as categóricas, proporções. Resultados: dos 35.645 casos de câncer de tireoide, 83,8% eram do sexo feminino e 16,2% do masculino, constituindo uma razão de 5:1. A razão entre os gêneros variou também para os carcinomas papilífero (5,5), folicular (4,7), anaplásico (2,3) e medular (1,5). O estadiamento I foi o mais frequente para os carcinomas papilífero e folicular, e os estádios III e IVA para o medular e o anaplásico, respectivamente. Dos casos que chegaram às instituições dos RHC com diagnóstico e sem tratamento, 63,5% levaram mais do que 60 dias para iniciar o tratamento. Essa proporção foi maior nas regiões Norte (80,5%) e Nordeste (75,3%). Considerando-se aqueles que chegaram sem diagnóstico e sem tratamento, 89% receberam tratamento em até 60 dias. Conclusão: a análise das informações oriundas dos RHC pode auxiliar os gestores na percepção dos possíveis obstáculos no fluxo da demanda por assistência oncológica; pode contribuir no processo de construção e avaliação do plano de atenção oncológica de cada região; e pode fornecer subsídios para a análise da qualidade da informação contida nos prontuários do paciente.
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