10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18386 - INEQUIDADES NA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO RASTREAMENTO MAMOGRÁFICO NO BRASIL MÁRIO CÍRIO NOGUEIRA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). JUIZ DE FORA, MG, BRASIL., VÍVIAN ASSIS FAYER - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). JUIZ DE FORA, MG, BRASIL., CAMILA SOARES LIMA CORRÊA - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). JUIZ DE FORA, MG, BRASIL., MAXIMILIANO RIBEIRO GUERRA - PROGRAMA DE POS-GRADUAÇÃO EM SAUDE COLETIVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL. INSTITUT CURIE, FRANÇA., BIANCA DE STAVOLA - DEPARTMENT OF MEDICAL STATISTICS, LONDON SCHOOL OF HYGIENE AND TROPICAL MEDICINE. LONDON, UNITED KINGDOM., ISABEL DOS-SANTOS-SILVA - DEPARTMENT OF NON-COMMUNICABLE DISEASE EPIDEMIOLOGY, LONDON SCHOOL OF HYGIENE AND TROPICAL MEDICINE. LONDON, UNITED KINGDOM., MARIA TERESA BUSTAMANTE TEIXEIRA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). JUIZ DE FORA, MG, BRASIL., GULNAR AZEVEDO E SILVA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL
Objetivos: Investigar a distribuição espacial do rastreamento mamográfico no Brasil e sua associação com variáveis socioeconômicas e de prestação de cuidados de saúde.
Métodos: Trata-se de estudo ecológico, cujas unidades de análise foram as 438 micro-regiões de saúde no Brasil. As fontes de dados foram o SISMAMA, o DATASUS e o IBGE. Foram calculadas as razões entre o número de exames mamográficos feitos no SUS e a população feminina SUS-dependente, na faixa etária de 50 a 69 anos. Modelos de regressão espacial foram utilizados para estudar essas relações.
Resultados: Observou-se variabilidade acentuada na cobertura de rastreamento mamográfico nas micro-regiões de saúde (mediana: 21,6%, intervalo interquartil: 8,1-37,9%). As análises multivariadas identificaram a desigualdade de renda familiar, o número de radiologistas por 100.000 habitantes, o número de máquinas de mamografia por 10.000 habitantes e o número de mamografias realizadas por cada máquina, com associação independente com a cobertura do rastreamento mamográfico no nível da microrregião. Houve evidências de forte dependência espacial dessas associações, com mudanças em uma micro-região afetando micro-regiões vizinhas, e também de heterogeneidades geográficas.
Conclusões: Houve desigualdades substanciais no acesso ao rastreamento mamográfico em micro-regiões, sendo a cobertura maior nas regiões com menores desigualdades socioeconômicas e melhor acesso aos cuidados de saúde.
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