10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18681 - DOENÇA MENINGOCÓCICA: UM OLHAR EPIDEMIOLÓGICO - RIO GRANDE DO NORTE, 2007 A 2016. ELAINE FERNANDES TRITANY - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE PÚBLICA-SESAP/RN, MARGARIDA MARIA CORSINO RODRIGUES CABRAL - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE PÚBLICA-SESAP/RN
OBJETIVO: Descrever o comportamento epidemiológico da doença meningocócica no estado do Rio Grande do Norte entre 2007 a 2016. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, de base populacional, com análise descritiva de casos confirmados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), utilizando o TABWIN e teste qui-quadrado. As variáveis analisadas foram: faixa etária, etiologia, sinais e sintomas, sorogrupo, critério de confirmação, e evolução do caso. RESULTADOS: No período analisado foram notificados 197 casos de doença meningocócica, os coeficientes de incidência apresentaram uma média de 0,6 casos por 100 mil habitantes. Aproximadamente 40,2% dos casos ocorreram em crianças menores de cinco anos de idade e não foi possível verificar o impacto vacinal pela alta taxa de ignorados nesse campo; ocorreu o desvio da doença para faixa etária de 10 a 14 anos (17%). Na doença meningocócica houve prevalência da meningococcemia em 42% dos casos através do critério de confirmação clínico (31,5%). Os principais sintomas apresentados foram febre (94%), vômito (84%), cefaléia (71,1%), petéquias (66,5%) e rigidez de nuca (61,4%). Dos casos em que o sorogrupo foi identificado, 64% pertenciam ao sorogrupo C. O critério de confirmação padrão ouro (cultura) foi em apenas 24% dos casos. Apesar do coeficiente de mortalidade no período ter sido baixo a taxa de letalidade média do período foi de 45%. CONCLUSÃO: A elevada proporção de encerramento dos casos pela clínica e alta letalidade, podem refletir problemas no processo da assistência e a necessidade de ações de capacitação e sensibilização dos profissionais na adesão quanto à coleta oportuna.
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