10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18735 - EVOLUÇÃO DOS NOVOS CASOS DE HANSENÍASE EM ADULTOS E MENORES DE 15 ANOS NO BRASIL ENTRE 2007 E 2014 JULIA MOREIRA PESCARINI - FIOCRUZ BAHIA, AGOSTINO STRINA - LSHTM, JOILDA SILVA NERY - UNIVASF, GERSON PENNA - UNB, MARIA LUCIA FERNANDES PENNA - UFF, MAURICIO LIMA BARRETO - FIOCRUZ, LSHTM, ISC/UFBA, LAURA CUNHA RODRIGUES - LSHTM
Objetivos: Descrever a distribuição de novos casos de hanseníase no Brasil, entre 2007 e 2014, de acordo com variáveis sóciodemográficas e clínicas. Métodos: Foram estudados casos novos de hanseníase notificados no SINAN entre 2007-2014. Analisou-se os casos novos por ano, de acordo com variáveis idade, sexo, educação, raça/cor, regiões do Brasil, área de residência, forma clínica, grau de incapacidade física (GIF) no diagnóstico e desfecho do tratamento. Utilizou-se a população do IBGE 2007-2014 para cálculo do coeficiente de detecção anual da doença/10.000 habitantes (CI) em adultos e menores de 15 anos por região. Resultados: Entre 2007 e 2014 o número de casos novos reduziu de 40.677 (CI=2,2/10.000 hab/ano) para 31.670 (CI=1,56/10.000 hab/ano) em todas as regiões do Brasil. O mesmo ocorreu com os CI em menores de 15 anos, exceto no Centro-Oeste (0,93 para 1,03/10.000 hab/ano). A média etária aumentou de 41,1 para 43,8 anos e a parcela de não-brancos de 63,8 para 70,6%, e aumentaram os casos entre indivíduos de maior escolaridade (ensino médio completo e superior). Os casos multibacilares aumentaram de 54,7 para 66,3%, a proporção de GIF no diagnóstico I/II reduziu de 33,7 para 27,9% e a proporção de cura de 86,0 para 78,9%. Conclusões: Houve diminuição de novos casos de hanseníase no Brasil, mas com detecção estável entre menores de 15 anos no Centro-Oeste. Há ainda grande número de pessoas diagnosticadas já com incapacidades físicas, apontando a necessidade do fortalecimento das estratégias de detecção precoce e tratamento da doença.
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