10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18762 - ESCOLARIDADE MATERNA E RIGIDEZ ARTERIAL EM ADULTOS DO ESTUDO LONGITUDINAL DE SAÚDE DO ADULTO (ELSA-BRASIL) DÉBORA MORAES COELHO - UFMG, LIDYANE DO VALLE CAMELO - UFMG, ANTONIO LUIZ PINHO RIBEIRO - UFMG, LUISA CAMPOS CALDEIRA BRANT - UFMG, JOANNA MIGUEZ NERY GUIMARÃES - ENSP/FIOCRUZ, DORA CHOR - ENSP/FIOCRUZ, LUANA GIATTI - UFMG, SANDHI MARIA BARRETO - UFMG
INTRODUÇÃO: Apesar da associação entre baixa posição socioeconômica (PSE) na infância e risco para doenças cardiovasculares (DCV) ser estabelecida, pouco se sabe sobre o efeito de desvantagens socioeconômicas no início da vida sobre a rigidez arterial, um importante marcador de DCV subclínica. OBJETIVO: Investigar a associação entre escolaridade materna e rigidez arterial na vida adulta. MÉTODOS: A população de estudo consistiu em 14.170 participantes da linha de base (2008-2010) do ELSA-Brasil. A rigidez arterial foi mensurada por meio da velocidade de onda de pulso carotídea-femoral (VOPcf) em m/s. A PSE na infância foi mensurada pela escolaridade materna em anos de estudo (≥11; 8-10; 1-7; 0). Modelos de regressão linear foram utilizados para análise ajustados por idade, sexo, escolaridade do participante, frequência cardíaca e pressão arterial média. RESULTADOS: Após ajuste por sexo e idade, indivíduos cujas mães não frequentaram escola apresentaram um aumento médio de 0.50m/s (IC95%: 0.41-0.59) na VOPcf quando comparados aos indivíduos cujas mães tinham pelos menos 2º grau completo (referência). Após considerar também o efeito da escolaridade do participante e das variáveis clínicas houve uma redução na magnitude dessa associação (β = 0.14, IC95%: 0.05; 0.23), mas a menor escolaridade materna permaneceu associada a maior VOPcf com gradiente dose resposta. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o enrijecimento arterial pode ser uma via fisiopatológica importante para explicar o impacto das desvantagens socioeconômicas no início da vida sobre o risco de DCV na vida adulta.
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