10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
19385 - MUDANÇA DA EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA MENINGOCÓCICA NA REGIÃO SUL DO BRASIL, 2001 A 2015. ELIANA TIEMI MASUDA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, KARIN REGINA LUHM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, ELISEU ALVES WALDMAN - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Objetivo: Descrever as principais mudanças do comportamento da doença meningocócica (DM) nas capitais da região sul do Brasil, de 2001 a 2015. Métodos: Estudo ecológico abrangendo os municípios de Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. Utilizaram-se dados dos sistemas de informação de saúde (MS). Analisamos taxas de incidência ajustadas pelo método direto e modelos de regressão polinomial. Resultados: Estudaram-se 1136 casos de DM. A média e mediana da idade elevaram-se no período de, respectivamente, 9,2 e 4,0 em 2001, para 10,5 e 3,0 em 2009, atingindo 16,5 e 6,0 em 2014. A análise de tendência mostra declínio de 4,0/100.000 hab.-ano em 2001 para 1,2 em 2009 e 0,7 em 2015. De 2001 a 2007 predominou o sorogrupo B (79%), enquanto a proporção de C e W eram de, respectivamente, 15% e 5%; o sorogrupo C eleva-se em 2010 atingindo 50% e o B declina para 36% e o W 7%. Em 2015 as proporções do sorogrupo C, B e W eram respectivamente, 57%, 18% e 21%. Conclusão: Diferentes das demais capitais, as da na região sul apresentaram expressivo declínio da incidência e acentuado desvio para faixas etárias mais elevadas a partir de 2001, antes mesmo da introdução da vacina conjugada do meningococo C. Houve claro predomínio do sorogrupo B em boa parte do período, o ingresso da cepa epidêmica do sorogrupo C apresentou pequeno impacto, merecendo especial destaque a elevação do sorogrupo W no final do período, por estar associado às epidemias com elevada letalidade nos países vizinhos.
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