10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
19395 - MICROCEFALIA E FATORES SOCIOECONÔMICOS – DESCREVENDO A EPIDEMIA DO ERJ VANESSA LELIS DE OLIVEIRA MENESES - UNIGRANRIO, SILVIA CARVALHO - UNIGRANRIO, GILVANIA DE LIMA MOURA - SES RJ, ALEXANDRE CHIEPPE - SES RJ, ROBERTO DE ANDRADE MEDRONHO - UFRJ
Objetivo: Avaliar a correlação entre fatores socioeconômicos e a taxa de prevalência da microcefalia associada à infecção congênita no ERJ.
Método: Estudo ecológico analisando os casos confirmados de microcefalia pós-infecção congênita no ERJ notificados no período de out/2015 a jan/2017, e sua correlação com os fatores socioeconômicos. Utilizadas as variáveis socioeconômicas: IDH, Densidade Demográfica, Taxa de Alfabetização, Fontes de Abastecimento de água, Coleta de Lixo, Cobertura de Rede de Esgoto, Renda Familiar. Sendo aplicado o coeficiente de Pearson entre a Taxa de Prevalência e as variáveis socioeconômicas propostas.
Resultados: No período analisado foram notificados 905 casos, 33% (n=303) foram descartados, 21% (n=188) confirmados e 46% (n=414) permanecem em investigação. A confirmação dos casos se deu em 26% (n=48) pelo critério laboratorial; 72% (n=135) por exame de imagem e 3% (n=5) por critério clínico epidemiológico. A região metropolitana é responsável por 77% dos casos notificados (n=695) e 90% (n=170) dos casos confirmados. O coeficiente de Pearson apontou uma correlação positiva entre a Taxa de Prevalência de microcefalia e a renda familiar de até 5 salários mínimos (r = 0,56), e uma correlação negativa entre a taxa de alfabetização (r = -0,62) e a coleta de lixo (r = -0,45).
Conclusão: o estudo demostrou que a prevalência da microcefalia possui correlação com variáveis relacionadas à condição de vida da população. Os resultados apontam a necessidade da intensificação do combate ao vetor em locais com maior vulnerabilidade social, englobando ações individuais e coletivas.
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