10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
19613 - MORTALIDADE MATERNA: INIQUIDADE REGIONAL E RELAÇÃO COM PRÉ-NATAL E MORTALIDADE INFANTIL MARCOS FELIPE SILVA DE LIMA - UNIFACEX, NATÁLIA LOUISE DE ARAÚJO CABRAL - UNIFACEX, DIÔGO VALE - IFRN, NILA PATRÍCIA FREIRE PEQUENO - UFRN, CLÉLIA DE OLIVEIRA LYRA - UFRN
Objetivo: Avaliar a taxa de mortalidade materna nas Unidades da Federação de 2010 a 2014 e verificar os possíveis fatores correlacionados. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico com os dados obtidos no Datasus. Coletou-se as informações de percentual de partos normais (%PN), percentual de nascidos vivos com mais de 7 consultas de pré-natal (%NV+7CPN), nº de teste de sífilis por gestante (NºTS/G), taxa de mortalidade infantil (TxMI), óbitos maternos e nascidos vivos, os dois últimos compuseram a taxa de mortalidade materna (TxMat). Realizou-se testes de correlação de Pearson e foram aceitos como estatisticamente significativos p <0,05. Resultados: Dos cinco primeiros estados com maior taxa de mortalidade materna, três destes fazem parte da região Nordeste (Piauí, Maranhão e Bahia) e um da região Norte do Brasil (Amazonas). Já dos cinco estados com menor taxa, quatro são das macrorregiões Sul (Paraná e Santa Catarina) e Sudeste (São Paulo e Minas Gerais). Em relação aos testes de correlação foi possível identificar uma correlação moderada e negativa (-0,443) entre a TxMat e o %NV+7CPN e correlação moderada e positiva (0,433) com a TxMI, indicando que quanto mais gestantes cumprem o mínimo recomendado de consultas pré-natal, menor é a taxa de mortalidade dessas e que, possivelmente, os fatores que influenciam a mortalidade infantil também são presentes na mortalidade materna. Conclusão: Reduzir as iniquidades regionais, ofertar às gestantes o acesso ao pré-natal adequado e a assistência adequada ao parto e puerpério são medidas que podem ser importantes para reduzir a taxa de mortalidade materna no Brasil.
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