10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20019 - GRAU DE INCAPACIDADE FÍSICA PELA HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS, BRASIL, 2008-2015 ELAINE DA RÓS OLIVEIRA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - FS/UNB E COORDENAÇÃO GERAL DE HANSENÍASE E DOENÇAS EM ELIMINAÇÃO, MINISTÉRIO DA SAÚDE, MÁBIA MILHOMEM BASTOS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL - NMT/UNB
Objetivo: Caracterizar os casos incidentes de hanseníase em menores de 15 anos quanto ao grau de incapacidade física, no Brasil, nos anos de 2008 a 2015.
Metodologia: Conduziu-se um estudo descritivo dos casos incidentes de hanseníase em menores de 15 anos ocorridos no Brasil no período de 2008 a 2015. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Utilizaram-se as variáveis: sexo, raça/cor, número de lesões cutâneas, forma clínica, classificação operacional, modo detecção e grau de incapacidade física. Calcularam-se as frequências absolutas e relativas, taxa de detecção e percentual de grau II.
Resultados: No período de 2008 a 2015, a taxa de detecção e o percentual de grau II apresentaram pequenas variações, com médias de 5,06/100.000 hab. e 2,95%, respectivamente. O grau zero obteve os maiores percentuais nos paucibacilares e nas formas clínicas indeterminada e tuberculóide, enquanto os graus I e II registraram maior percentual nos multibacilares e nos dimorfos. A maior porcentagem de grau II foi identificada por encaminhamento e demanda espontânea.
Conclusão: No período de 2008 a 2015, os indicadores calculados sugerem a permanência da hanseníase como problema de saúde pública. O maior percentual de graus I e II nos multibacilares e nos dimorfos e uma maior detecção de casos pela vigilância passiva, podem indicar fragilidades no sistema de vigilância para a detecção oportuna. Agrega-se a isso uma possível deficiência na estruturação dos serviços de saúde e no despreparo dos profissionais na suspeição de casos.
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