10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20083 - HANSENÍASE NO CERRADO TOCANTINENSE: DOENÇA EM ELIMINAÇÃO? WHISLLAY MACIEL BASTOS - SEMUS, FESP,, JAISON BARRETO - ISL, NESIO FERNANDES - SEMUS
Objetivos
Descrever os resultados dos principais indicadores da hanseníase após a modificação da estratégia de educação permanente.
Métodos
Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, retrospectivo, com dados secundários de hanseníase no SINAN, diagnosticados entre 2005 e 2016 em Palmas, Tocantins.
Resultados
Foram registrados 1644 casos novos de hanseníase no período entre 2006 e 2015, média anual de 164 casos novos/ano. O coeficiente de detecção anual apresentou tendência de redução sistemática passando de 105,4 para 57,2/100 mil hab. (R²=0,617). No exame da coletividade foram detectados 76 (4,5%) casos novos pela estratégia e 73 (4,3%) pelo exame de contatos. A forma clínica predominante foi dimorfa (37,0%), seguida da indeterminada (31,7%).
Em 2016 foram diagnosticados 671 casos novos, elevando o coeficiente de detecção para 234,4/100 mil hab., a maior do entre os 5570 municípios brasileiros. No exame de contatos foram detectados 200 (29,8%) novos casos, além de 107 (15,9%) no exame da coletividade. Entre os casos, 8% ocorreu em menores de 15 anos. A doença foi diagnosticada em 52,7% indivíduos do sexo feminino. Em relação à forma clínica, 83,8% foram classificados como Dimorfa e 6,4% Virchowiana. Assim, 93,4% são casos Multibacilares (MB), fonte de infecção e manutenção da cadeia epidemiológica de transmissão da doença.
Conclusões
Até 2015, o diagnóstico em Palmas esteve centralizado em médicos especialistas. Desde março de 2016, houve maior investimento em treinamento, oficinas e busca ativa de casos novos com envolvimento dos profissionais da Atenção Primária à Saúde, atendiemnto compartilhado e posterior discussão de casos com todos os profissionais.
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