10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20303 - CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E FREQUÊNCIA DE OCASIÕES DE CONSUMO MARIA FERNANDA GOMBI-VACA - USP, GIOVANNA CALIXTO ANDRADE - USP, MARIA LAURA DA COSTA LOUZADA - UNIFESP, USP, RENATA BERTAZZI LEVY - USP
Introdução: O processamento de alimentos tornou-os mais acessíveis, fáceis e rápidos para consumo. Estas características podem induzir à maior ingestão de calorias, por aumentar o tamanho das porções e a frequência de consumo. Objetivo: Verificar a associação entre consumo de alimentos ultraprocessados e frequência de ocasiões de consumo. Métodos: Foram analisados dados do Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009 (34.003 indivíduos; >=10 anos de idade). Alimentos e bebidas consumidos em um mesmo horário do dia foram agrupados em ocasiões de consumo (intervalos de 1 hora, 0–23h). Alimentos ultraprocessados foram identificados segundo a classificação Nova. Indivíduos foram categorizados de acordo com a frequência de consumo no dia em: com 1 a 3; com 4 a 6; ou com mais de 7 ocasiões. A associação entre percentual de alimentos ultraprocessados (variável dependente) e a frequência de ocasiões de consumo (variável independente) foi analisada pelo modelo de regressão de duas partes, e ajustado por variáveis socioeconômicas. Resultados: Indivíduos que relataram de 1-3 ocasiões corresponderam a 26% da população, de 4-7 ocasiões a 66%, e mais de 7 ocasiões a 8%. Indivíduos do sexo feminino, de maior renda, adolescentes, da zona urbana, das regiões Sul e Sudeste, e com maior consumo de ultraprocessados apresentaram maiores frequências de ocasiões de consumo. Em relação aos indivíduos que consomem 1-3 ocasiões, a participação de ultraprocessados aumentou em 4,3% (p<0,001) no grupo com 4-6 ocasiões, e em 8,2% (p<0,001) no grupo com mais de 7 ocasiões. Conclusão: Alimentos ultraprocessados estão associados a maior frequência de ocasiões de consumo.
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