10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20788 - FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E PSICOSSOCIAIS ASSOCIADOS À RESILIÊNCIA DE ADOLESCENTES ASMÁTICOS CAMILA REGO AMORIM - UFBA, ANA CLARA PAIXÃO CAMPOS - UFBA, VANESSA CRUZ SANTOS - UFBA, MAURÍCIO LIMA BARRETO - UFBA, LETÍCIA MARQUES DOS SANTOS - UFBA
Objetivos: Verificar a resiliência de adolescentes asmáticos e se há associação desta com características sociodemográficas, transtorno mental comum (TMC) materno e problemas de comportamento infantojuvenis.
Métodos: Estudo epidemiológico transversal, que integra a coorte Social Changes, Asthma and Allergy in Latin America (SCAALA) de Salvador/BA. Foi realizado com 64 adolescentes com idade de 11-19 anos e respectivos pais/cuidadores, integrantes da terceira onda da coorte SCAALA-Salvador (2013). Os instrumentos de pesquisa foram questionários sóciodemográficos, Self Reporting Questionnaire (SRQ20), Youth Self-Report for Ages (YSR) e Escala de Resiliência. Realizou-se análise descritiva através de frequências absolutas e relativas para caraterização da população estudada. Estimou-se a resiliência segundo características sociodemográficas, transtorno mental comum (TMC) materno e problemas de comportamento infanto-juvenis, através das odds ratio (OR) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%).
Resultados: A maioria dos adolescentes era do sexo masculino (51,6%) e na faixa etária de 11-15 anos (67,2%). Observou-se que, 45,3% dos adolescentes apresentavam alta resiliência e 54,7% baixa resiliência. Dentre as mães, 57,1% apresentaram TMC. Em relação aos problemas comportamentais, 31,7% apresentaram limiar clínico geral, 4,8% apresentaram sintomas internalizantes e 46,0% sintomas de externalização. Não foi observada associação significante entre resiliência e as demais variáveis sociodemográficas e psicossociais.
Conclusões: Um número expressivo de adolescentes asmáticos apresentou alta resiliência. Observou-se prevalências de TMC materno e problemas comportamentais elevadas, principalmente de sintomas externalizantes, evidenciando que a asma é uma doença crônica que pode interferir de forma complexa no bem-estar não somente dos adolescentes, mas também de toda família.
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