10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20814 - MALÁRIA NAS ÁREAS INDÍGENAS DA REGIÃO AMAZÔNICA 2016 HERNANE GUIMARÃES DOS SANTOS JUNIOR - UFOPA, THAYNA MARIA HOLANDA DE SOUZA - SESAI, RAYSA MICAELLE DOS SANTOS MARTINS - SESAI
O objetivo do trabalho é avaliar o perfil epidemiológico da malária nas áreas indígenas atendidas pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Os dados foram extraídos do banco de dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – Malária (SIVEP-Malária) e analisados no programa Tableau. No ano de 2016, foram notificados 125.912 casos de malária no Brasil, sendo a região amazônica responsável por 99% dos casos autóctones. Entre as populações indígenas, houve uma redução de 20% dos casos (21.350 casos), quando comparado ao mesmo período de 2015 (26.646 casos). Essa redução é significativa, porém contrasta com a tendência de aumento de casos de malária em áreas indígenas no percentual nacional. Em 2005, os casos de malária em áreas indígenas correspondiam a 5% do total de casos no Brasil. Passaram-se pouco mais de dez anos e essa contribuição triplicou, alcançando 18% em 2016. Quando analisamos os casos de Malária em local provável de infecção, no ano de 2016, observamos que 88% dos casos estão presentes em somente 06 dos 25 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) prioritários para malária. Estes são: Alto Rio Negro, Yanomami, Vale do Javari Médio Rio Solimões e afluentes, Amapá e Norte do Pará e Alto Rio Solimões. Quando se analisa a distribuição espacial desses distritos, observa-se que eles estão localizados na periferia do território brasileiro, em lugares de mais difícil acesso e fronteiriços. Soma-se a isso, as especificidades socioculturais, socioeconômicas, socioambientais e sociopolíticas dos povos indígenas, que os tornam mais vulneráveis a malária.
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