10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20912 - CONDIÇÕES DE SAÚDE DOS TRABALHADORES RURAIS MIGRANTES NO INTERIOR DE SÃO PAULO GIOVANA GONÇALVES PEREIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, ROSANA BAENINGER - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre as condições de vida e saúde dos trabalhadores rurais migrantes que realizam ao longo do ano migrações “permanentemente temporárias” para o interior de São Paulo em busca de trabalho no corte de cana-de-açúcar e colheita da laranja. Visa ainda mapear as principais doenças que acometem esses trabalhadores. A metodologia é construída através de uma pesquisa de campo realizada em alguns municípios do estado de São Paulo (Matão, São Carlos, Dobrada, Ribeirão Preto) e Piauí (Picos e Jaicós), bem como organização de dados secundários obtidos nas bases da RAIS, IBGE e DATASUS. A pesquisa de campo apresentou alguns resultados preocupantes no que toca as condições de saúde desses trabalhadores, mostrando que apesar do uso dos equipamentos de segurança, muitos, especialmente da colheita da laranja, apresentam diversos tipos de alergias derivadas do contato com agroquímicos. Alguns trabalhadores relataram em entrevistas que nas cidades de origem há trabalhadores impossibilitados de exercerem atividades laborais dada as condições de saúde que apresentaram pós-safra. No que se refere os trabalhadores rurais da cana é possível verificar lesões obtidas nas jornadas exaustivas com outros pesquisadores indicam. Certo desconhecimento do serviço público de saúde nas cidades que acolhem esses migrantes aprofunda a vulnerabilidade social que se encontram, diagnósticos mal elaborados em suas cidades de origem, também corrobora para o desconhecimento dos impactos na saúde dos safristas do interior de São Paulo. Como resultados observamos que o adoecimento remodela as identidades sociais desses trabalhadores nos locais de origem impactando diretamente em suas relações sociais.
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