11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
16056 - USO DE MEDICAMENTO ANTIDEPRESSIVO E A CONDIÇÃO CLÍNICA DE INDIVÍDUOS COM TRANSTORNO DEPRESSIVO NA POPULAÇÃO GERAL ALINE CACOZZI - UNISANTOS, DENISE MARTIN - UNISANTOS, ELIANA MIURA ZUCCHI - UNISANTOS, MARIA INES QUINTANA - UNIFESP, RODRIGO AFFONSECA BRESSAN - UNIFESP, MARCELO FEIJÓ DE MELLO - UNIFESP, JAIR DE JESUS MARI - UNIFESP, SERGIO BAXTER ANDREOLI - UNISANTOS
Objetivo: Analisar a condição clínica de indivíduos com transtorno depressivo na população geral, por meio do bem-estar subjetivo e verificar se os que estavam em tratamento medicamentoso possuíam melhor bem-estar subjetivo.
Métodos: Um inquérito domiciliar foi realizado com amostra probabilística (N=3744) nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, entre 2007 e 2008. Os instrumentos ‘Composite International Diagnostic Interview’ (CIDI) e ‘Subjective Well-Being Inventory’ (SUBI) foram utilizados para obter diagnóstico de transtorno depressivo e de avaliação do bem-estar subjetivo, respectivamente. Estabeleceu-se como ponto de corte o percentil 70 de pior bem-estar subjetivo >7 (0 a 12). Para estimar associação entre bem-estar subjetivo, transtorno depressivo, outros diagnósticos psiquiátricos e uso de medicação foram realizadas análises de regressão de poisson, controlando-se o efeito das variáveis sócio demográficas e de histórico familiar de doença mental.
Resultados: As prevalências de transtorno depressivo e de pior bem-estar subjetivo na população geral foram de 18,5% e 30%. Os indivíduos diagnosticados com transtorno depressivo apresentaram pior bem-estar subjetivo quando comparados com os sem diagnóstico ou com outros diagnósticos psiquiátricos. O uso de medicamento antidepressivo entre os indivíduos com depressão foi baixo (3,6%) e o uso deste medicamento não influenciou o bem-estar subjetivo.
Conclusão: A grande maioria dos indivíduos diagnosticados com transtorno depressivo na população geral não recebe tratamento medicamentoso e os que recebem não apresentam uma condição clínica favorável.
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