11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
16263 - SÍFILIS E HIV NA GESTAÇÃO E SÍFILIS CONGÊNITA EM PARTOS DE MULHERES ENCARCERADAS NO BRASIL ROSA MARIA SOARES MADEIRA DOMINGUES - INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGAS/FIOCRUZ, MARIA DO CARMO LEAL - DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS EM SAÚDE, ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA/FIOCRUZ, ANA PAULA ESTEVES PEREIRA - DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS EM SAÚDE, ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA/FIOCRUZ, BARBARA AYRES - DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E MÉTODOS QUANTITATIVOS EM SAÚDE, ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA/FIOCRUZ, ALEXANDRA ROMA SANCHES - CENTRO DE REFERÊNCIA PROFESSOR HÉLIO FRAGA, ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA (ENSP), FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ), BERNARD LAROUZE - SORBONNE UNIVERSITÉS, UPMC UNIV PARIS 06, INSERM, INSTITUT PIERRE LOUIS D’EPIDÉMIOLOGIE ET DE SANTÉ PUBLIQUE, EQUIPE D´EPIDÉMIOLOGIE SOCIALE, PARIS, FRANCE
Objetivo: estimar a prevalência da sífilis e do HIV durante a gestação, a transmissão vertical (TV) da sífilis e a incidência de sífilis congênita (SC) em mulheres encarceradas no Brasil e comparar essas taxas com as observadas em mulheres grávidas em liberdade. Métodos: Dados de dois estudos nacionais realizados no período 2011-2014: "Nascer no Brasil", com 23.894 puérperas; e "Saúde materno-infantil nas prisões", com 241 mulheres encarceradas que viviam com seus filhos em 33 prisões femininas. Utilizadas mesmas definições de casos e métodos de coleta de dados em ambos os estudos. Para comparação das características de mulheres encarceradas e livres foi utilizado o teste do qui quadrado com significância de 0,05. Resultados: Em mulheres encarceradas, prevalência estimada de sífilis na gravidez de 8,7% (IC 95% 5,7-13,1); de infecção pelo HIV de 3,3% (IC95% 1,7-6,6); TV da sífilis de 66,7% (IC 95% 44,7-83,2) e incidência de SC de 58,1 por 1.000 nascidos vivos (IC 95% 40,4-82,8). Mulheres encarceradas tiveram prevalência de sífilis e HIV durante a gestação 7 vezes maior, TV duas vezes maior, incidência de SC 12 vezes maior, menor adequação do pré-natal e maior vulnerabilidade social do que gestantes em liberdade. Conclusão: Estatégias em saúde nas prisões são necessárias para reduzir as desigualdades em saúde e devem incluir cuidados pré-natais e ao parto adequados.
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