11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
16415 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS ANTIRRÁBICOS PÓS-EXPOSIÇÃO NO CEARÁ, 2007-2015 KELLYN KESSIENE DE SOUSA CAVALCANTE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC, ALINE SILVA DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, MARIA IRACEMA DE AGUIAR PATRÍCIO - SECRETARIA DE SAÚDE DO CEARÁ - SESA, ANA BEATRIZ FERREIRA PINHEIRO - PREFEITURA MUNICIPAL DE MARACANAÚ, MARIANA CAMPOS ROCHA FEITOSA - SECRETARIA MUNICIPAL DE MARACANAÚ, CARLOS HENRIQUE ALENCAR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Objetivo: Buscou-se caracterizar o perfil dos atendimentos antirrábicos humanos no Ceará, de 2007 a 2015. Métodos: Estudo transversal com base nas fichas de investigação dos atendimentos antirrábicos humanos registrados no SINAN. Utilizaram-se variáveis sociodemográficas do agredido e específicas da agressão. Os dados foram analisados utilizando o software Stata 11.2. Resultados: Registraram-se 231.694 notificações, prevalecendo o sexo masculino (123.636; 53,37%), faixa etária de 20 a 29 anos (29.441; 12,96%), raça parda (160.417; 75,26%) e residentes na zona urbana (149.698; 69,97%). A exposição foi principalmente por mordedura (197.249; 85,17%) e arranhadura (36.439; 15,73%). Prevaleceram ferimentos únicos (129.788; 61,99%), superficiais (103.787; 50,63%), localizados em mãos/pés (87.003; 37,57%). A espécie canina foi a mais relacionada às agressões (162.243; 70,0%), seguida da felina (54.922; 23,7%). O animal foi declarado sadio no momento do agravo em 71% (152.872) dos casos, onde 62% (78.031) continuaram sadios após observação. Das agressões por cães e gatos, 86,5% (155.331) eram passíveis apenas de observação, porém, o tipo de tratamento mais indicado foi observação e vacina (111.987 notificações; 49,9%), seguido de vacina (64.100; 28,6%). O tratamento foi interrompido em 8.151 (6,1%) casos, principalmente por abandono (5.704; 69,9%). Conclusão: Os atendimentos antirrábicos do Ceará foram mais frequentes no sexo masculino com exposição por mordedura de ferimento único e superficial. A maioria dos cães agressores era passível apenas de observação, entretanto o tratamento mais indicado foi observação e vacina. Os dados sugerem a necessidade de uma melhor avaliação do tratamento indicado, o que poderia reduzir prescrições desnecessárias de vacinas e custos.
|