11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
16432 - VIOLÊNCIA FÍSICA CONTRA CRIANÇA EM FLORIANÓPOLIS: CARACTERÍSTICAS DA VÍTIMA E DO AGRESSOR KAREN KOWALSKI ARMANINI - UFSC, ELIANE TEIXEIRA ALFAMA MONIZ - UFSC, JULIANA TOLEDO GIEBUROWSKI - UFSC, LUIZA PASSOS KREICH - UFSC, MARTA OLIVEIRA NUNES HART - UFSC, PAULO ADÃO DE MEDEIROS - UFSC, ANA LUIZA DE LIMA CURI HALLAL - UFSC, ELEONORA D'ORSI - UFSC
Objetivo: Verificar a distribuição de violência física contra a criança, segundo as características da vítima e do agressor, no município de Florianópolis. Métodos: Estudo descritivo utilizando o banco de dados da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis coletados a partir das Fichas de Investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), referentes aos anos de 2010 a 2015. O critério de inclusão foi a faixa etária (0-12 anos) e a presença de dados completos no banco. Análise estatística foi realizada através do teste Qui-Quadrado pelo programa PSPP versão 8.0, adotando-se p≤0,05. Resultados: A amostra do estudo resultou em 555 casos notificados de violência contra crianças, sendo a prevalência de violência física de 12,61%. Na análise bivariada constatou-se relação significativa com o desfecho de violência física: cor da pele preta/parda/indígena, presença de deficiências e revitimização. Em relação ao parentesco, a mãe apresentou menor e o padrasto maior probabilidade de ser o agressor. O sexo masculino e a suspeita do uso de álcool estavam associados a maior ocorrência do desfecho. Conclusões: Crianças pretas/pardas/indígenas, portadoras de deficiência e com histórico de agressão possuem maior probabilidade de sofrer violência física. O provável agressor é do sexo masculino, fez uso de álcool e o padrasto é o membro da família que mais pratica agressão. Acredita-se que tais resultados auxiliam a traçar um perfil de risco da vítima e do agressor e assim na criação de políticas públicas que visem à diminuição da violência contra a criança e dos riscos para o desenvolvimento infantil.
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