11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
16789 - TUBERCULOSE E FATORES ASSOCIADOS EM MUNICÍPIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO BÁRBARA CAMPOS VALENTE - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL, JUSSARA RAFAEL ANGELO - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, HELIA KAWA - DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, VALÉRIA BALTAR - DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Objetivo: Verificar a relação entre indicadores de condições de vida e a incidência de tuberculose no período de 2008-2012 no município de Niterói, RJ.
Métodos: Estudo ecológico cujas unidades de análise foram os bairros do município, situado na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro. Utilizaram-se dados do SINAN (Sistema de Agravos de Notificação) e do Censo Demográfico de 2010. Dois indicadores foram derivados por análise fatorial em componentes principais. O indicador socioambiental (AS) composto por proporções de: domicílios com renda até 1 salário mínimo, de pobres, de domicílios sem esgoto ligado à rede geral e pluvial, de domicílios com mais de sete moradores, de domicílios com renda superior a 10 salários mínimos; e o indicador programático (PR) composto por: número de indivíduos que abandonaram tratamento, retratamento e co-infecção tuberculose e HIV. Para análise da relação com a tuberculose empregou-se o modelo de regressão de Poisson (ligação log).
Resultados: Observou-se relação direta e significativa entre os dois indicadores e a incidência de tuberculose. O acréscimo em uma unidade no indicador PR representou um aumento de 7% na incidência, enquanto que para AS representou um aumento de 27%.
Conclusão: Verificou-se relação direta entre a ocorrência da tuberculose e condições de vida no município. O indicador socioambiental e o relacionado ao programa de controle se mostraram relevantes. O maior risco de ocorrência da doença foi observado nos grupos populacionais que vivem em bairros cujas populações são mais vulneráveis, nos quais a organização social e espacial favorece a persistência da endemia.
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