11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
16839 - TRANSTORNOS POR USO DE ÁLCOOL: COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS E COMPORTAMENTO SUICIDA ELIANE DE PAULA MENDONÇA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (ENSP – FIOCRUZ), THATIANA DE JESUS PEREIRA PINTO - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (ENSP – FIOCRUZ), MARIA CARMEN VIANA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES), EVANDRO DA SILVA FREIRE COUTINHO - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (ENSP – FIOCRUZ) E INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (IMS – UERJ).
Objetivos: Descrever o perfil de comorbidades psiquiátricas em indivíduos com transtornos por uso de álcool (TA) e comparar o comportamento suicida (ideação, planejamento e tentativas) de acordo com o número de comorbidades presentes.
Métodos: Trata-se de estudo seccional (inquérito) de base populacional com amostra probabilística da população com 18 anos ou mais residente da região metropolitana de São Paulo (capital e 38 municípios subjacentes). O estudo faz parte de um consórcio mundial denominado World Mental Health Survey, iniciativa proposta pela Organização Mundial de Saúde. Os dados foram coletados entre Maio/2005-Abril/2007. As entrevistas foram conduzidas pessoalmente aplicando-se versão traduzida e adaptada para o português do questionário desenvolvido para o World Mental Health (WMH-CIDI), que gera diagnósticos de acordo com o DSM-IV e o CID-10. As análises estatísticas compreenderam modelos de regressão logística, ajustados para sexo e idade.
Resultados: A amostra total incluiu 5307 indivíduos. Aproximadamente 10% dos respondentes apresentaram algum TA (6,5% abuso; 3,3% dependência) e eram majoritariamente do sexo masculino (75,9% abuso; 83,5% dependência). Pelo menos uma comorbidade psiquiátrica foi encontrada em 50,5% dos casos de abuso e 76,7% de dependência de álcool, sendo os transtornos de ansiedade os mais prevalentes seguidos daqueles de humor e outras substâncias, respectivamente. Observou-se uma forte relação dose-resposta entre o número de comorbidades psiquiátricas e o comportamento suicida em indivíduos com TA.
Conclusões: Estes resultados destacam a importância da implementação de programas específicos de triagem, prevenção e intervenção relacionados ao TA, especialmente aqueles direcionados aos indivíduos com maior risco de suicídio.
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