11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
16864 - PREVALÊNCIA DE VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO EM HOMENS E MULHERES- ESTUDO EPIFLORIPA IDOSO DEISE WARMLING - UFSC, CAROLINA CARVALHO BOLSONI - UFSC, SHEILA RUBIA LINDNER - UFSC, ELZA BERGER SALEMA COELHO - UFSC, ELEONORA D´ORSI - UFSC
Objetivo: Identificar a prevalência de violência por parceiro íntimo (VPI) em mulheres e homens idosos, residentes em Florianópolis/SC.
Métodos: Estudo transversal, de base populacional, conduzido com 651 idosos (≥60 anos), em 2013/14, Estudo EpiFloripa Idoso. A violência por parceiro íntimo foi mensurada pelo Conflict Tactics Scales Form R (CTS-1), o qual considera VPI agressões física e psicológicas cometidas pelo parceiro(a), com período recordatório de 12 meses. Calculou-se a prevalência de vitimização, perpetração e violência bidirecional (sofrida e perpetrada) em idosos, estratificada por sexo, apresentando-se seus respectivos intervalos de confiança. Aplicou-se o teste do qui-quadrado (χ2) para comparação das prevalências de VPI entre homens e mulheres.
Resultados: Foram analisados 341 homens (72,6±6,5 anos) e 310 mulheres (71,5±5,9 anos). As prevalências de VPI encontradas para homens e mulheres foram respectivamente: VPI sofrida 47,6% (IC95%=42,3-53,0) e 47,6%(IC95%=42,0-53,2), VPI perpetrada 49,1% (IC95%=43,8-54,5) e 46,3% (IC95%=40,7-51,8), VPI bidirecional 42,6% (IC95%=37,3-47,9) e 40,2% (IC95%=34,7-45,7). Após aplicação do teste do qui-quadrado (χ2) todas as prevalências analisadas apresentaram p-valor > 0,05 indicando que não há diferença estatisticamente significativa entre os sexos.
Conclusão: A partir da análise das prevalências estratificadas por direcionalidade da VPI e por sexo, conclui-se que a VPI apresenta elevada prevalência na população idosa. A partir destes achados, identifica-se a perspectiva relacional da violência, na qual tanto homens quanto mulheres podem ser vítimas, perpetradores de VPI ou ambos, sem diferença significativa entre os sexos.
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