11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
16942 - PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: ESTUDO EM UMA MATERNIDADE FRANCIELE MARABOTTI COSTA LEITE - UFES, KARINA FARDIN FIOROTTI - UFES, CÂNDIDA CANIÇALI PRIMO - UFES, MARIA APARECIDA VASCONCELOS MOURA - UFRJ, ELIANE DE FÁTIMA ALMEIDA LIMA - UFES, LEÔNIDAS DE ALBUQUERQUE NETTO - UFRJ, MARIA HELENA COSTA AMORM - UFES
Objetivo: descrever as prevalências dos tipos de violência doméstica entre puérperas atendidas em uma maternidade de alto risco e examinar a associação desses agravos com variáveis demográficas, socioeconômicas e reprodutivas. Método: trata-se de um estudo transversal realizado com 302 puérperas, com no mínimo 24 horas de pós-parto internadas no período de junho a setembro de 2016. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, a partir de um formulário próprio com questões acerca da caracterização sociodemográfica e reprodutiva das participantes e instrumento validado para uso no Brasil, para rastreamento de violência (Abuse Assessment Screen - AAS). Os dados foram analisados pelo programa estatístico Stata 13.0. Foram realizadas análises: bivariada com o teste qui-quadrado de Pearson e multivariada com a regressão de Poisson com variância robusta, sendo a medida de efeito obtida na análise dos dados a razão de prevalência. Resultados: entre as entrevistadas, 43% relataram ter vivenciado situações de maus tratos ao longo da vida, 7,6% foram vítimas de violência física no último ano e 4,6% estiveram em situação de violência física durante a gestação. Mulheres com idade entre 35-43 anos, com três ou mais gestações e evangélicas vivenciam mais frequentemente maus tratos na vida. A ausência de companheiro esteve associada à história violência física no último ano e na gestação (p < 0,05). Conclusão: este estudo reafirma que a violência constitui um fenômeno presente na vida da mulher, inclusive no período gestacional, e se mostrou associado à condição demográfica e obstétrica da mulher.
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