11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
16973 - BARREIRAS DE COMUNICAÇÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL ALINE MACAREVICH CONDESSA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS, JESSYE MELGAREJO DO AMARAL GIORDANI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, JULIANA BALBINOT HILGERT - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
OBJETIVO: Analisar a prevalência e os fatores associados à presença de facilitadores de comunicação das unidades básicas de saúde para pessoas com deficiência visual no Brasil.
METODOLOGIA: Estudo transversal, utilizando dados das 38.812 Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 5.561 municípios entre 2012/2013. Os dados foram coletados na avaliação externa do ciclo I, do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). O desfecho foi criado agrupando as seguintes variáveis: Caracteres em relevo, braille ou figuras em relevo, recurso auditivo (sonoro) e profissional para acolhimento de usuários com diminuição da visão ou com deficiência visual. As variáveis de exposição foram: Equipe profissional ampliada na Atenção Básica (psicólogo e assistente social); Turnos de atendimento; Sala de acolhimento e Presença de facilitadores de acesso físico. Foram realizadas análises das frequências brutas e relativas e Regressão de Poisson com variância robusta, utilizando o software STATA.
RESULTADOS: Menos de 1% das UBS apresentaram recursos auditivos (n=148) ou Braille/relevo (n=83) e 21,1% (n=8.195) contavam com profissionais para acolhimento de usuários com deficiência sensorial. As UBS que possuíam mais facilitadores de acesso físico (RP=1,88, IC95%=1,56-2,27), as com sala de acolhimento (RP=1,64, IC95%=1,57-1,72), as que atendiam em três turnos (RP=1,59 IC95%=1,40-1,80) e que contavam com equipe ampliada (RP=1,39, IC95%=1,31-1,47) apresentaram mais facilitadores de comunicação.
CONCLUSÃO: Os serviços que contam com maior acessibilidade física são os que têm mais facilitadores de comunicação, possivelmente por serem unidades mais bem equipadas e que se preocupem com a acessibilidade de uma forma mais ampla.
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