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Sessão de Poster

11/10/2017 - 13:35 - 14:15
Apresentações

17002 - EXCESSO DE PESO PRÉ-GESTACIONAL DOBRA O RISCO DE INGESTÃO INSUFICIENTE DE ALFA-LINOLÊNICO
MARIA ANTONIETA DE BARROS LEITE CARVALHAES - UNESP, LETÍCIA GARCIA VASCONCELOS - UNESP, CAROLINE DE BARROS GOMES - UNESP, MAÍRA BARRETO MALTA - USP, ISAIAS DICHI - UEL, MARIA HELENA D‘AQUINO BENÍCIO - USP


Objetivos: Considerando que o desenvolvimento infantil pode ser afetado pela ingestão materna de ácidos graxos ômega-3, nosso objetivo foi avaliar o consumo dietético de ácido graxo alfa-linolênico em uma coorte de gestantes.
Métodos: Estudo de coorte que acompanhou 353 gestantes de baixo risco obstétrico, captadas diariamente de novembro de 2012 a junho de2013 ao se matricularem no pré-natal da rede pública de atenção primária à saúde de um município paulista. Foram coletados dois recordatórios alimentares de 24 horas em cada trimestre gestacional, um deles relativo a final de semana, adotando-se os procedimentos do Multiple-Pass-Methods. Para avaliação do consumo de lipídeos utilizamos as Dietary Reference Intakes. A associação entre ingestão insuficiente de ácido-graxo alfa-linolênico (<1,4 g/d) e características maternas foi investigada por modelo de regressão logística, controlando-se para potenciais confundidores.
Resultados: A contribuição percentual dos diferentes tipos de lipídeos para a energia da dieta mostrou-se adequada, porém 98% delas tinham razão linoléico/linolênico acima de 5:1 e 12% acima de 9:1; 1/3 das gestantes não alcançou a recomendação de ácido alfa-linolênico. Gestantes com excesso de peso pré-gestacional (IMC≥25kg/m²) apresentaram 2,1 (IC95% 1,4-3,1) vezes mais chances de consumo insuficiente de alfa-linolênico, sendo de 12% o risco populacional dessa inadequação atribuível ao excesso de peso pré-gestacional.
Conclusões: Não há um problema de excesso de consumo de lipídeos e sim da qualidade destes, com 1/3 das gestantes e seus conceptos expostos aos efeitos adversos do baixo consumo de alfa-linolênico durante a gravidez, sendo que o excesso de peso pré-gestacional dobrou esse risco.


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