11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
17136 - PESSOAS VIVENDO COM AIDS NO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO: ANÁLISE DE SOBREVIDA, 2000-2011 TATIANA RODRIGUES DE ARAUJO LIMA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, CHRIS BEYRER - FOGARTY AIDS INTERNATIONAL TRAINING AND RESEARCH PROGRAM, JOHNS HOPKINS BLOOMBERG SCHOOL OF PUBLIC HEALTH, JOHNS HOPKINS UNIVERSITY, JONATHAN E. GOLUB - CENTER FOR TUBERCULOSIS RESEARCH, JOHNS HOPKINS UNIVERSITY, JUREMA CORRÊA DA MOTA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, MONICA SIQUEIRA MALTA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, COSME MARCELO FURTADO PASSOS DA SILVA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, FRANCISCO I. BASTOS - INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLOGIA EM SAÚDE, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Apesar da melhora substancial no prognóstico e qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS no Brasil, desigualdades no acesso ao tratamento permanecem. Objetivos: Avaliou-se o impacto dessas desigualdades sobre a sobrevivência, no Rio de Janeiro, em um período de 12 anos (2000/11). Métodos: Os dados foram reunidos a partir de quatro bases de dados: SINAN-AIDS, SISCEL, SICLOM e SIM. Regressões de Cox foram ajustadas para avaliar o impacto da TARV (terapia antirretroviral de alta potência) na mortalidade associada à AIDS entre homens que fazem sexo com homens (HSHs), usuários de drogas injetáveis (UDIs) e heterossexuais, diagnosticados com AIDS no período, na cidade do Rio de Janeiro. Resultados: Entre os 15.420 casos, 60,7% eram heterossexuais, 36,1% HSH e 3,2% UDI. Ocorreram 2.807 (18,2%) óbitos e o tempo médio de sobrevivência foi de 6,29 anos. Ter feito uso de TARV e ter apresentado CD4 +>200 no momento do diagnóstico foram associados a importantes efeitos protetores. UDIs apresentaram um risco 56% maior e HSHs um risco 11% menor de morrer de AIDS do que heterossexuais. Indivíduos não-brancos, aqueles com menos de oito anos de educação formal e UDIs foram mais propensos a morrer de AIDS e menos propensos a receber TARV. Importantes desigualdades persistem no acesso ao tratamento, resultando em impactos distintos na mortalidade entre as categorias de exposição. Conclusões: Apesar das persistentes disparidades, a mortalidade diminuiu significativamente durante o período para todas as categorias, e o impacto positivo global da TARV sobre a sobrevivência tem sido importante.
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