11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
17497 - RELAÇÕES DE RISCO ENTRE VIOLÊNCIA FÍSICA CONTRA A MULHER E A NÃO REALIZAÇÃO DE RASTREIO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO RICARDO DE MATTOS RUSSO RAFAEL - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, ANNA TEREZA MIRANDA SOARES DE MOURA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Objetivo: avaliar a relação de risco entre a ocorrência de violência contra a mulher e a não realização do rastreio do câncer do colo do útero. Métodos: trata de um estudo do tipo caso-controle realizado com amostra de 640 usuárias da Saúde da Família de Nova Iguaçu. Foram considerados casos (n=160) as mulheres que não realizaram o exame colpocitológico nos últimos três anos que antecederam o estudo. A aferição da violência entre parceiros íntimos se deu por meio da aplicação do Revised Conflict Tactics Scales, e a variável desfecho foi captada por meio de item relacionado à data do último exame. Resultados: não foram observadas relações de risco entre o desfecho e as formas psicológica e sexual das violências. Entretanto, os abusos físicos graves contra a mulher apresentaram relação de risco (OR ajustado 2,2; IC95%: 1,1/4,4) com o desfecho investigado. O abuso de álcool pela mulher (OR ajustado 10,2) e pelo parceiro (OR ajustado 5,7), e a baixa escolaridade (OR ajustado 3.8) foram variáveis modificadoras de efeito. Conclusão: mediante ao exposto, acredita-se que o absenteísmo de mulheres em consultas programadas de rastreamento do câncer do colo do útero, sobretudo na Atenção Primária, possa ser um marcador de suspeição das violências, especialmente em usuárias que agreguem outros atributos aqui desvelados, tais como baixa escolaridade e experiências abusivas com o álcool.
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