11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
17717 - SÍFILIS CONGÊNITA EM MARABÁ/PA: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE UMA DÉCADA CAROLINE MENDES SANTOS - UEPA, DANIELA SOARES LEITE - UEPA
Na sua forma congênita, a sífilis (SC) no Brasil constitui um evento sentinela de alta magnitude que apresenta indicadores desfavoráveis em termos do seu controle. No estado, Marabá/PA é o município com mais casos registrados nos últimos anos. Objetivos: Descrever o perfil clínico-epidemiológico da SC no Município de Marabá/PA, de 2006 a 2015. Métodos: Estudo restrospectivo e documental (dados secundários de livre acesso, dispensou submissão e aprovação por comitê de ética), com base nos dados registrados no SINAN/SMS/SVS/DATASUS/Marabá/PA. A incidência da SC foi calculada a partir de dados do DATASUS e IBGE. As variáveis clínico-epidemiológicas foram analisadas no programa Biostat 5.0 (correlação de Pearson e do teste do X2, p < 0,05). Resultados: Foram verificados 323 casos de SC em Marabá, PA; A taxa média anual de incidência de sífilis congênita de 6,5 casos por 1000 nascidos vivos de 2006-2015, é 6,5 vezes a meta preconizada pelo Ministério da Saúde; de 2012 a 2015, teve-se taxas de 8,01, 9,81, 26,32 e 11,36/1000, respectivamente. A maioria das gestantes realizou pré-natal (88,6%), possuía de 20 a 34 anos (62,2%), 26,6%, não concluíram o Ensino Fundamental. A maior parte dos parceiros, 67,5%, de gestantes diagnosticadas com sífilis não realizou tratamento; em 55% dos casos, a verificação da sífilis materna ocorreu durante o parto/curetagem. Conclusões: A correta notificação, a investigação de casos, o tratamento adequado e a implementação de medidas para a prevenção de novos casos de sífilis congênita contribuirão para a redução dos casos rumo à eliminação da doença no município.
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