11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
17744 - ÓBITOS FETAL E INFANTIL CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA, CEARÁ, BRASIL, 2015/16 FRANCIELI FONTANA SUTILE TARDETTI FANTINATO - MINISTÉRIO DA SAÚDE, EMERSON LUIZ LIMA ARAUJO - MINISTÉRIO DA SAÚDE, ELIONARDO ANDRADE RESENDE - MINISTÉRIO DA SAÚDE, DANIELE ROCHA QUEIROZ LEMOS - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ, ALINE ALBUQUERQUE BARROS HOLANDA - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ, ADRIANA ROCHA SIMIÃO - SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ, ANA MARIA PEIXOTO CABRAL MAIA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FORTALEZA, MARCELO YOSHITO WADA - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Objetivos: Descrever os óbitos infantis e natimortos confirmados pelo vírus Zika, descrever o perfil das mães e propor recomendações.
Métodos: Realizou-se estudo descritivo, do tipo relato de casos, no estado do Ceará, de 18 de novembro de 2015 a 31 de janeiro de 2016. Utilizaram-se os registros dos óbitos infantis e natimortos, confirmados para infecção pelo vírus Zika, do Serviço de Verificação de Óbito. Para análise estatística foram utilizadas frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e dispersão.
Resultados: Ocorreram quatro óbitos confirmados de infecção pelo vírus Zika, sendo um natimorto e três infantis. A média de tempo de vida foi de 82 minutos (óbitos infantis). Apresentaram malformações de sistemas: osteomuscular(4), digestivo(2) e genitais(2). Tiveram microcefalia(3), hidrocefalia(1), ventriculomegalia(2) e calcificações(1). Nasceram pré-termo e de parto normal(3). Quanto às mães, a média de idade foi 28,2 anos. Tiveram exantema na gestação, primeiro trimestre(3) e terceiro(1), acompanhado de febre não aferida(1), prurido(3), tosse(1), coriza(1), cefaleia(1), mialgia(1), artralgia(1), linfadenopatia(1), hiperemia conjuntival(1) e dor retrorbital(1).
Conclusões: Ocorreram óbitos confirmados de microcefalia relacionados ao vírus Zika. Outras malformações além das encontradas no Sistema Nervoso Central foram verificadas, as quais podem estar relacionadas a este agente e torna-se fundamental investigar. Recomendou-se monitorar gestantes que apresentarem exantema durante o pré-natal e fazer vigilância ativa de todos os óbitos suspeitos de infecção pelo vírus Zika para identificação do agente etiológico.
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