11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
17899 - MORTALIDADE POR SUICÍDIO ENTRE INDÍGENAS E NÃO INDÍGENAS NO BRASIL (2008-2013). RENATA MOTA LIMA CHAVES - FIOCRUZ, GERALDO MARCELO DA CUNHA - FIOCRUZ, ALINE ALVES FERREIRA - INJC/UFRJ
O suicídio é considerado um grave problema de saúde pública no mundo, em especial por seu crescimento entre a população mais jovem. No estado do Amazonas, a taxa de mortalidade, por suicídio entre os indígenas é 4,4 vezes superior à encontrada entre os não indígenas em 2006-2009. Assim, o objetivo do estudo foi analisar as características de mortalidade no Brasil, atribuídas ao suicídio em indígenas e não indígenas com idade acima de 15 anos, no período de 2008 a 2013. Foram utilizados os dados do SIM e a análise descritiva dos dados foi realizada por frequências absolutas no software estatístico R (versão 3.1.0). No período estudado, foram registrados 784.580 óbitos por causa externa no Brasil, sendo que o suicídio representou 7,18% do total de óbitos. Dentre as causas externas de mortalidade o percentual de suicídio é maior entre as mulheres (9,02%). Mas a diferença entre os grupos estudados é mais evidente entre os homens. Na região Norte e Centro-Oeste, a ocorrência de suícidio entre os homens indígenas é aproximadamente 5,8 e 4,3 vezes maior que em homens não indígenas, respectivamente. Dentre os óbitos ocorridos por causa externa, os percentuais de suicídio para não indígenas se mantém entre 4,2% e 6,4% independente da faixa etária. Já entre os indígenas, os percentuais de suicídio diminuem com o aumento da idade, variando de 48,6% e 5,6%. Os dados apresentam uma relevante disparidade na mortalidade por suicídio entre indígenas e não indígenas no Brasil, corroborando para as iniquidades já destacadas entre esses grupos.
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