11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
18086 - DIFERENÇAS QUANTO AO SEXO NO CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE ADULTOS QUILOMBOLAS DO RIO GRANDE DO SUL SÍLVIA PAULI - PPG EPIDEMIOLOGIA UFRGS, PAULINE MÜLLER PACHECO - PPG EPIDEMIOLOGIA UFRGS, SABRINA DALBOSCO GADENZ - PPG EPIDEMIOLOGIA UFRGS, DANIELA RIVA KNAUTH - PPG EPIDEMIOLOGIA UFRGS, LUCIANA NEVES NUNES - PPG EPIDEMIOLOGIA UFRGS, MARILDA BORGES NEUTZLING - PPG EPIDEMIOLOGIA UFRGS, FERNANDA SOUZA DE BAIRROS - DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL DA UFRGS, MICHELE DREHMER - PPG EPIDEMIOLOGIA UFRGS
OBJETIVO: Descrever a prevalência e fatores associados ao consumo excessivo de álcool de adultos quilombolas do Rio Grande do Sul, Brasil.
MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, realizado em 2011, com adultos de comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul-RS. Foram sorteadas 634 famílias, por amostragem proporcional ao tamanho das comunidades. O desfecho foi consumo excessivo de álcool≥15g/dia de álcool para mulheres e ≥30g/dia para homens. Utilizou-se regressão de Poisson com variância robusta para as análises.
RESULTADOS: Foram entrevistados 589 adultos, a maioria do sexo feminino (64,9%), 81,7% do perímetro rural, com idade média de 43,9 (±15,9) anos. O consumo excessivo de álcool foi de 8,2%, usualmente cerveja e cachaça. O modelo final da análise ajustada demonstrou associação inversa com a idade (RP 0,98; IC95% 0,96–0,99) e escolaridade (RP 0,22; IC 0,10-0,49 para escolaridade de 4 a 7 anos de estudo em relação a <1 ano). O consumo excessivo de álcool foi diretamente associado com renda >¼ de salário mínimo percapita (RP 4,20; IC95% 1,20-14,79), fumo (RP 2,05; IC95% 1,21-3,45) e não ter companheiro (RP 1,99; IC95% 1,15-3,46). Em análise estratificada por sexo, somente escolaridade foi significativa para homens e mulheres. Estar sem companheiro e ter maior renda foram significativos no modelo final incluindo apenas os homens da amostra, enquanto no modelo com mulheres, fumo e idade estiveram significativamente associados ao consumo excessivo de álcool.
CONCLUSÃO: O consumo excessivo de álcool entre quilombolas do RS é expressivo, apresentando diferenças nas variáveis associadas quanto ao sexo.
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