11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
18143 - POLUIÇÃO DO AR E ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS EM REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASIL GUSTAVO DOS SANTOS SOUZA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, YSABELY DE AGUIAR PONTES PAMPLONA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, FÁBIO DAVID VASCONCELOS REIS - MINISTÉRIO DA SAÚDE, DANIEL COBUCCI DE OLIVEIRA - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Objetivo: Estimar o total de anos potenciais de vida perdidos (APVP) atribuídos à exposição por material particulado fino (MP2,5) no ar de regiões metropolitanas (RMs) selecionadas do Sudeste brasileiro.
Métodos: A estimativa dos APVP foi realizada para o período de 2003 a 2013, nas RMs de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória. Para tanto, estimou-se a concentração média decenal de MP10 a partir das médias anuais representativas deste poluente em cada RM. A conversão para MP2,5 foi baseada na razão MP2,5/MP10 de 0,6. O número total de óbitos e os dados demográficos foram obtidos para todas as idades, tendo por referência o ano de 2003. O cálculo dos APVP seguiu metodologia específica proposta pela OMS, que utiliza a função concentração-resposta derivada de estudos epidemiológicos. Os dados de exposição foram coletados dos órgãos estaduais do meio ambiente respectivo a cada RM. As informações de mortalidade e demográficas foram obtidas no sítio oficial do Departamento de Informática do SUS e IBGE.
Resultados: Os níveis médios de MP2,5 estimados em 2003-2013 foram de 13,7 µg/m3 na RMBH, 17,4 µg/m3 na RM Vitória, 22,5 µg/m3 na RMSP e 26,9 µg/m3 na RMRJ. Observou-se, que a RMRJ apresentou maior perda em termos de APVP para todas as idades, com 333.544,4 (IC95%: 220.412,3-436.595,1), seguido da RMSP 311.159,8 (IC%: 204.929,9-408.581,3), RMBH 20.738,2 (IC95%: 13.563,3-27.409,3) e RM Vitória 13.531,5 (IC95%: 8.876,2-17.834,9), respectivamente.
Conclusão: O total de APVP observado ao longo dos anos investigados poderia ser reduzido com a melhoria da qualidade do ar nessas localidades.
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