11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
18303 - USO DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS: FATORES ASSOCIADOS EM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL CAMILA STÉFANI ESTANCIAL FERNANDES - UNICAMP, MARILISA BERTI DE AZEVEDO BARROS - UNICAMP
Objetivo: Avaliar a prevalência do uso de psicotrópicos e os fatores associados, bem como identificar as principais classes terapêuticas utilizadas. Métodos: Trata-se de estudo transversal de base populacional, com amostra por conglomerados e em dois estágios conduzido na cidade de Campinas-SP em 2014 e 2015. Participaram do estudo 1.999 indivíduos com idade de 20 anos ou mais. A variável dependente foi o uso de psicotrópicos nos 15 dias que antecederam a entrevista. As variáveis independentes foram as características demográficas e socioeconômicas e comportamentos e indicadores relacionados à saúde. Foram estimadas as razões de prevalências ajustadas por meio da regressão múltipla de Poisson. Resultados: A prevalência de uso de ao menos um psicotrópico foi de 11,7% (IC95%: 10,0–13,7). Foram consumidos por 306 indivíduos, 434 psicotrópicos. As principais associações positivas ao uso foram observadas nos indivíduos do sexo feminino, com idade mais elevada, cor de pele branca, com 12 anos ou mais de escolaridade, que não exerciam atividade ocupacional e que possuíam pior qualidade do sono. Menor prevalência foi verificada entre os indivíduos que consumiam bebidas alcoólicas duas ou mais vezes por semana. Destacaram-se os antidepressivos (38,2%), os benzodiazepínicos (23,4%) e os antiepiléticos (15,4%) como as classes terapêuticas mais utilizadas. Conclusão: Os subgrupos populacionais que tiveram maior prevalência de uso de psicotrópicos necessitam de uma atenção diferenciada, considerando que o uso abusivo desses medicamentos eleva os riscos de dependência. Por outro lado, o consumo inferior em alguns segmentos da população pode indicar desigualdade no acesso à psicoterapia medicamentosa.
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