11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
18308 - MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DE PRESSÃO ARTERIAL EM NEGROS - UMA NECESSIDADE EMINENTE PATRICIA MAURER - UNIPAMPA, LYANA FEIJOO BERRO - UNIPAMPA, JAMILA BENVEGNU BRUNO - UNIPAMPA, SILVANA DA LUZ AMARO - UNIPAMPA, FERNANDEZ DOS SANTOS GARCIA - UNIPAMPA, VANUSA MANFREDINI - UNIPAMPA, PATRICIA DUTRA SAUZEM - UFPA, MICHEL MANSUR MACHADO - UNIPAMPA, JACQUELINE DA COSTA ESCOBAR PICCOLI - UNIPAMPA
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença de alta prevalência mundial, que afeta a população negra em maior escala. Objetivos: avaliar a prevalência de HAS na população negra do município de Uruguaiana/RS, o uso de medicamentos e a efetividade terapêutica. Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Indivíduos autodeclarados negros, pretos e pardos, maiores de 18 anos, foram convidados a participar da pesquisa, incluindo questionário, avaliação antropométrica e de pressão arterial (PA). Após a identificação, os indivíduos hipertensos foram convidados a realizarem Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial (MAPA) e avaliação farmacoterapêutica através do Método Dáder, com reavaliação após 6 meses. Resultados: Participaram do estudo 205 pessoas, das quais 109 (53,2%) apresentaram diagnóstico de HAS. O MAPA foi realizado por 36 pessoas, e 4 participaram da reavaliação. A PA média foi de 134x80mmHg, caracterizando hipertensão ambulatorial. Os níveis pressóricos noturnos médios estão acima do limite, e há ausência ou redução do descenso noturno, indicando pior prognóstico cardiovascular. Menos da metade dos avaliados manteve bom controle pressórico, relatando ainda lesões em órgãos alvo. Os fármacos mais prescritos foram inibidores da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores de receptor de angiotensina II e diuréticos. Muitos recursos são empregados na aquisição e distribuição de medicamentos, porém apenas o acesso a medicamentos é insuficiente, é necessário monitoramento desse tratamento e adoção de estratégias para adesão terapêutica. Conclusões: A prevalência de HAS é elevada neste grupo populacional (53%), com altas taxas de falha terapêutica e dificuldades de adesão ao tratamento.
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