11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
18447 - SOBREVIVÊNCIA EM 10 ANOS NO CÂNCER DE MAMA E VULNERABILIDADE SOCIAL MÁRIO CÍRIO NOGUEIRA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). JUIZ DE FORA, MG, BRASIL., JANE ROCHA DUARTE CINTRA - UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS (UNIPAC JUIZ DE FORA) E HOSPITAL 9 DE JULHO / INSTITUTO ONCOLÓGICO. JUIZ DE FORA, MG, BRASIL., VÍVIAN ASSIS FAYER - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). JUIZ DE FORA, MG, BRASIL., CAMILA SOARES LIMA CORRÊA - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). JUIZ DE FORA, MG, BRASIL., MAXIMILIANO RIBEIRO GUERRA - PROGRAMA DE POS-GRADUAÇÃO EM SAUDE COLETIVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL. INSTITUT CURIE, FRANÇA., MARIA TERESA BUSTAMANTE TEIXEIRA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). JUIZ DE FORA, MG, BRASIL.
Objetivos: Investigar a sobrevivência em 10 anos no câncer de mama e sua associação com vulnerabilidade social.
Métodos: Coorte de base hospitalar com 199 mulheres residentes em regiões urbanas de Juiz de Fora, diagnosticadas entre 2003 e 2005 em centro oncológico de referência, com setores público e privado. A partir de seus endereços de residência, foram georrefenciadas para os bairros do município, que foram categorizados em baixa, média ou alta vulnerabilidade, utilizando indicadores socioambientais do censo demográfico. Utilizou-se modelo conceitual hierarquizado de análise, com fatores sociais como variáveis distais, biológicos como variáveis intermediárias e intervenções terapêuticas como variáveis proximais. A associação entre os possíveis fatores prognósticos e a sobrevivência em 10 anos foi investigada por modelos de regressão de Cox, usando o tempo como processo de contagem.
Resultados: A sobrevivência em 10 anos foi de 69,3% [62,6-76,8]. As mulheres residentes em bairros com alta vulnerabilidade social estavam mais no setor público do hospital, tinham menor escolaridade e fizeram menos hormonioterapia. No modelo apenas com as variáveis distais, alta vulnerabilidade social teve associação independente com a sobrevivência (HR=2,73 [1,19-6,25]). Esta associação manteve a mesma magnitude após ajuste para as variáveis intermediárias e proximais.
Conclusões: Houve desigualdades sociais na sobrevivência de 10 anos nesta coorte de mulheres com câncer de mama. A menor sobrevivência das mulheres que residiam em áreas de maior vulnerabilidade social não foram explicadas pelas outras variáveis investigadas, relacionadas à raça/cor, escolaridade, fatores biológicos e intervenções terapêuticas.
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