11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
18476 - PREVALÊNCIA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM ADULTOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS: ESTUDO TRANSVERSAL DE BASE POPULACIONAL ANA WANDA GUERRA BARRETO MARINHO - FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS, MARCUS TOLENTINO SILVA - FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS, TAÍS FREIRE GALVÃO - FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
OBJETIVO: estimar a prevalência de doença renal crônica e fatores associados na população adulta da Região Metropolitana de Manaus.
MÉTODOS: estudo transversal de base populacional realizado em 2015. O estudo faz parte de uma pesquisa maior cujo objetivo foi avaliar a oferta e uso de insumos e serviços de saúde na região. Os participantes foram selecionados por amostragem probabilística em três estágios, estratificada por cotas de sexo e idade. Entrevistadores treinados coletaram os dados por meio de entrevista domiciliar. O desfecho primário foi mensurado por meio da pergunta: “algum médico já lhe deu o diagnóstico de doença renal crônica?”. Empregamos regressão de Poisson com variância robusta para calcular as razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança (IC) de 95%. As variáveis significantes no nível de p<0,05 na análise bivariada compuseram a análise ajustada para identificar os fatores associados à doença renal. Considerou-se o delineamento amostral complexo, utilizando-se o software Stata 14.2.
RESULTADOS: 4.001 foram incluídos: 52,8% mulheres, 49,7% com 18-34 anos, 72,2% pardos, 54,3% solteiros e 62,7% das classes econômicas C2/D/E. A prevalência autorreferida de doença renal crônica foi 2,1% (IC 95%: 1,6-2,5%). Na análise bruta, a doença renal esteve associada a maior faixa etária, aposentados, pardos, mais pobres, doentes crônicos e pior estado de saúde. No modelo ajustado encontrou-se associação com classe social D/E (RP=2,50; IC 95%%: 1,07-5,84) e acidente vascular cerebral (RP = 2,14; IC 95%: 1,04-4,40).
CONCLUSÃO: Dois em cada 100 manauaras podem ter doença renal crônica. Estudos apoiados em diagnóstico clínico-laboratorial poderão melhorar essa estimativa.
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