11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
18592 - SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA: PREVENÇÃO DE DOENÇAS E PROMOÇÃO DE DIREITOS DE IGUALDADE RACIAL FERNANDEZ DOS SANTOS GARCIA - UNIPAMPA, PATRÍCIA MAURER - UNIPAMPA, SILVANA DA LUZ AMARO - UNIPAMPA, LYANA FEIJOO BERRO - UNIPAMPA, JAMILA BENVEGNU BRUNO - UNIPAMPA, PATRÍCIA DUTRA SAUZEM - UNIPAMPA, VANUSA MANFREDINI - UNIPAMPA, MICHEL MANSUR MACHADO - UNIPAMPA, JACQUELINE DA COSTA ESCOBAR PICCOLI - UNIPAMPA
Diante da situação de saúde da população negra brasileira o Ministério da Saúde elaborou a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que propõe esforços na promoção, atenção e cuidado em saúde desse segmento populacional. Aspectos biológicos podem levar a doenças de alta morbimortalidade, características sociais e ambientais podem elevar o risco de morte nessas populações, e é notório que condições de desigualdades levam a maior vulnerabilidade e influenciam as chances de prevenção e tratamento. Objetivos: determinar as características sociais e de saúde geral da população negra da cidade de Uruguaiana/RS. Métodos: Após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa, sujeitos autodeclarados negros foram convidados a participar do estudo. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido os participantes responderam a uma entrevista, realizaram medidas antropométricas e pressóricas. Os resultados foram inseridos em planilha eletrônica e analisados em software estatístico. Resultados: Participaram 202 sujeitos autodeclarados negros, com idade média de 46,5 anos. Os valores de índice de massa corporal (30,1±5,8kg/m²) e de circunferência da cintura (98,9±12,9 cm) indicaram obesidade no grupo estudado. Quanto a escolaridade, 48,5% desta população era analfabeta ou tinha o ensino fundamental incompleto. O baixo nível de escolaridade influenciou direta e positivamente a presença de hipertensão e angina. Conclusões: A população negra de Uruguaiana/RS apresenta-se em risco para eventos cardiovasculares evidenciado pela prevalência de hipertensão e obesidade observados. A baixa escolaridade influenciou diretamente a incidência de hipertensão e angina e medidas de promoção de saúde e de educação são fundamentais para o controle destes.
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