11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
18863 - SUBNOTIFICAÇÃO DE SÍFILIS EM GESTANTES: UMA AVALIAÇÃO COM VINCULAÇÃO DE BASE DE DADOS PATRÍCIA SILVA NUNES - INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA., POLYANA MARIA PIMENTA MANDACARÚ - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS, MARÍLIA DALVA TURCHI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA
Objetivos: Estimar a subnotificação de casos de sífilis em gestante e analisar o perfil clinico-epidemiológico desses casos. Método: Estudo transversal, tendo como fonte de dados os registros dos casos de sífilis congênita e em gestante, notificados entre 2007 e 2014 no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Procedeu-se a vinculação nominal dessas bases de dados. Foi utilizado o método de relacionamento probabilístico de registros (Probabilistic Record Linkage – Reclink 3.0). Nível de significância estabelecido em p<5%. Resultados: Foram notificados 634 casos de sífilis congênita e 3.901 casos de sífilis em gestantes, no período estudado. Foram identificados 436 pares (notificação de sífilis na gestante e sífilis congênita) e 198 não pares (notificação de sífilis congênita e ausência de notificação da sífilis na gestante). Desta forma, em 31,2% dos casos de sífilis congênita, a gestante não havia sido notificada. Contudo o percentual de subnotificação diminuiu ao longo dos anos, passando de 75% em 2008 para 27% em 2014. Entre os “não pares”, 32,8% das gestantes foram diagnosticadas com sífilis no pré-natal, e somente 5,6% foram adequadamente tratadas. O percentual de mulheres que não fizeram pré-natal ou que tiveram diagnóstico tardio foi maior entre as gestantes não notificadas se comparado às gestantes notificadas (p<5%). Conclusão: O estudo indica a necessidade do fortalecimento das ações de vigilância deste agravo no Estado de Goiás, uma vez que a notificação constitui uma importante ferramenta de acompanhamento da gestante e dos fatores associados à cadeia de transmissão materno-fetal.
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