11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
18891 - MAGNITUDE E FATORES DE RISCO À HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES ENTRE PRESIDIÁRIAS NO BRASIL PAULA NEGRÃO DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FRANCISCO MARTO LEAL PINHEIRO JÚNIOR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, LIGIA KERR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, CARL KENDALL - TULANE UNIVERSITY, ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, RENAN MAGALHÃES MONTENEGRO JUNIOR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, ROSA MARIA SALANI MOTA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, RAIMUNDA HERMELINDA MAIA MACENA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Introdução: O Brasil apresenta a terceira maior população penitenciária do mundo. Esta população vive em ambientes com reduzido acesso a atividade física, alimentação não saudável, uso de cigarros, dentre outros fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis. Todavia, não há estudos nacionais focado na magnitude destas doenças. Objetivou-se estimar a prevalência e fatores associados a hipertensão arterial e diabetes mellitus na população penitenciária feminina brasileira. Métodos: Estudo transversal realizado em nove estados brasileiros e Distrito Federal. A amostra foi composta por 1327 mulheres vivendo em quinze diferentes unidades prisionais. A prevalência de hipertensão arterial foi autorelatada. A prevalência de diabetes mellitus foi estimada através de auto relato e teste de glicemia. Resultados: Aproximadamente 25% relataram ter hipertensão arterial. Destes, 52,9% recebem acompanhamento médico. Os fatores associados com hipertensão arterial foram: colesterol alto (OR: 5,184, IC: 2,954-9,098), ter dores de cabeça frequente (OR: 1,358, IC: 1,013-1,821), e ser a fonte de renda da família antes de ser presa (OR: 1,567, IC: 1,187-2,068). 3,6% declararam ter diabetes mellitus. Destes, 77,6% alegaram receber acompanhamento médico. Os fatores associados com diabetes mellitus foram: colesterol alto (OR: 7,530, IC: 3,915-14,481) e hipertensão arterial sistêmica (OR: 3,367, IC: 2,147-6,162). Conclusão: A hipertensão arterial e diabetes mellitus são um importante problema no sistema penitenciário brasileiro. Isto pode ter impacto negativo tanto dentro como fora do sistema prisional tendo em vista a elevada rotatividade de presos no Brasil.
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