11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
19135 - PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS DE ANSIEDADE EM TRABALHADORES LUDMILLA COUTO DA SILVA - UEFS, TÂNIA MARIA DE ARAÚJO - UEFS, TÉCIA MARIA SANTOS CARNEIRO E CORDEIRO - UEFS; UFBA, PAULA CAROLINE SANTOS OLIVEIRA - UEFS
Objetivo: Avaliar fatores associados à prevalência de transtornos de ansiedade em trabalhadores. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal. A amostra foi composta pela população de faixa etária de 15 anos ou mais, residente da zona urbana de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Foram estudados 2110 trabalhadores selecionados segundo a situação laboral (trabalho formal, informal e desempregados). A variável desfecho foi o transtorno de ansiedade, avaliado pelo Patient Health Questionnaire (PHQ) e as variáveis de exposição estudadas foram características sociodemográficas, do trabalho e hábitos de vida. Foram estimadas a Razão de Prevalência e o Qui-quadrado considerando um p valor ≤0,05. Resultados: Dentre os 2110 trabalhadores estudados, 21,6% eram trabalhadores formais, 51,3% trabalhadores informais e 27,1% desempregados. A prevalência de transtornos de ansiedade entre os trabalhadores formais foi 3,1%, trabalhadores informais 3,9% e desempregados 6,6%. Entre os trabalhadores formais, os transtornos de ansiedade estiveram associados a: ser fumante (RP=4,50; p=0,02) e ter raça/cor de pele negra (RP=0,22; p<0,01). Entre os trabalhadores informais: ser do sexo feminino (RP=3,65; p<0,01), ter raça/cor de pele negra (RP=6,44; p= 0,03) e receber até um salário mínimo (RP=1,07; p=0,04), não participar de atividade de lazer (RP=4,42; p<0,01) e ser fumante (RP=2,33; p=0,01). Entre os desempregados: ausência de atividade de lazer (RP=3,47; p<0,01) e consumo de bebidas alcoólicas (RP=0,37; p=0,02). Conclusões: Quanto mais precária foi a situação laboral (indo do trabalho formal ao desempregado), maior foi a prevalência de transtornos de ansiedade.
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