11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
19538 - COMUNICAÇÃO EM SAÚDE NO ATENDIMENTO DE HIPERTENSOS E ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO HELENA FRAGA MAIA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, LUCIANA LIMOEIRO RICARTE CAVALCANTE - FUNDAÇÃO ESTATAL SAÚDE DA FAMÍLIA (FESF-SUS) / FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ-BAHIA), ANDRÉ SANT‘ANNA ZARIFE - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, LUCIARA LEITE BRITO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, LARISSA SANTOS TOSTA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SALVADOR, BAHIA
Objetivo: Investigar a associação entre Comunicação em Saúde (CS) e Adesão Terapêutica (AT) em pacientes hipertensos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com hipertensos acompanhados em unidades de atenção primária em um distrito sanitário na cidade do Salvador, Bahia. A CS foi avaliada com a aplicação de dez questões sobre dificuldades no entendimento das informações prestadas pelo profissional e a permanência das dúvidas devido a dificuldades na comunicação. A inadequação na CS foi considerada se havia 70,0% ou mais das respostas do paciente indicando problemas na comunicação que afetava o entendimento das orientações prestadas. Realizou-se análise estratificada e de regressão logística e estimou-se as associações através da OR e as inferências estatísticas baseadas em intervalos de confiança de 95% (IC95%). O projeto foi aprovado pelo CEP UNEB (241.434/2013). Resultados: Verificou-se que 18,8% dos pacientes mencionaram inadequação na comunicação dos profissionais de saúde durante o atendimento na atenção básica. Constatou-se ainda que a inadequação na CS se associou significativamente a baixa adesão ao tratamento medicamentoso nos pacientes com baixa escolaridade (OR=3,3; IC95%1,3- 8,5) e quando não praticavam atividade física (OR=14,5; IC95%1,1-187,2), e associação positiva e boderline para aqueles que referiram faltar consultas (OR=15,1; 95%IC: 1,00 – 239,1). Conclusão: Dispor ou não de níveis adequados de comunicação em saúde irá influenciar no uso dos serviços de saúde e no comportamento de saúde adotado. Os achados do presente estudo reforçam a necessidade dos profissionais de saúde identificarem o grau de compreensão dos pacientes durante as consultas, especialmente para os que apresentam baixa escolaridade.
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