11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
19664 - HIPERTENSÃO ARTERIAL PRÉ-GESTACIONAL COMO FATOR DE RISCO PARA O BAIXO PESO AO NASCER MAÍRA BARRETO MALTA - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, BRASIL, CAROLINE DE BARROS GOMES - PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA PELA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, BRASIL, MONICA YURI TAKITO - DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA DO MOVIMENTO DO CORPO HUMANO, ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, BRASIL, MARIA ANTONIETA DE BARROS LEITE CARVALHAES - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, BRASIL, MARIA HELENA D’AQUINO BENÍCIO - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, BRASIL
Objetivo: Investigar a influência da hipertensão arterial pré-gestacional sobre o baixo peso ao nascer em pré-natal de baixo risco.
Métodos: Essa análise é parte integrante de um estudo de intervenção controlado sobre alimentação e atividade física desenvolvido em Botucatu-SP, Brasil. Foram acompanhadas 296 mulheres adultas, assistidas no pré-natal de baixo risco, mediante entrevista domiciliar nos três trimestres gestacionais e transcritos dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. A exposição de interesse da presente análise foi “hipertensão pré-gestacional auto-referida (sim/não)” e o desfecho “baixo peso ao nascer <2500 gramas (sim/não)”. Modelos múltiplos de regressão logística foram ajustados para: intervenção, classe econômica, idade, raça/cor, fumo e prática de caminhada. Para a seleção inicial das variáveis foram considerados p<0,20 e pressupostos teóricos. Todas as análises foram realizadas no Stata 13.0.
Resultados: A frequência de baixo peso ao nascer foi de 8,5% e de hipertensão pré-gestacional de 11,8%. Na análise bruta, as mulheres com hipertensão pré-gestacional apresentaram 4,25(IC95%:1.68-10.77) vezes mais chances de terem recém-nascidos com baixo peso ao nascer do que as mulheres que não apresentaram hipertensão pré-gestacional. A razão de chance ajustada pelos possíveis confundidores foi de 3,18 (IC95%:1.07-9.44). O percentual de risco atribuível populacional foi de 20,5%, ou seja, caso hipoteticamente conseguíssemos zerar todos os casos de hipertensão arterial pré-gestacional haveria uma redução de 20,5% na ocorrência do baixo peso ao nascer.
Conclusão: A hipertensão arterial pré-gestacional é um importante fator de risco para o baixo peso ao nascer tendo em vista a magnitude da associação e o risco atribuível populacional.
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