11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
19862 - USO DE MEDICAMENTO POTENCIALMENTE INAPROPRIADO (MPI) POR IDOSOS DE UMA CAPITAL DO SUL DO BRASIL KARINE GONÇALVES PEREIRA - UFSC, MARCO AURÉLIO PERES - AUSTRALIAN RESEARCH CENTRE FOR POPULATION ORAL HEALTH. THE UNIVERSITY OF ADELAIDE, ALEXANDRA CRISPIM BOING - UFSC, ANTÔNIO FERNANDO BOING - UFSC, MARINA MENEZES AZIZ - UFSC, ELEONORA D'ORSI - UFSC
Objetivo: Analisar o uso de medicamentos por idosos de uma capital do Sul do Brasil, estimando a prevalência e os fatores associados ao uso de medicamento potencialmente inapropriado (MPI) e outras características. Métodos: Foi realizado um estudo transversal de base populacional em uma amostra de 1705 idosos, entre 2009 e 2010, residentes em Florianópolis/SC. A variável dependente foi o uso de MPI, de acordo com os critérios de Beers-Fick. Utilizaram-se variáveis sociodemográficas, utilização de serviços de saúde e autoavaliação de saúde como exploratórias. Foram estimadas razões de prevalência por meio da regressão multivariável de Poisson. Os MIPs foram avaliados em relação a sua presença/ausência na RENAME e na REMUME, e de acordo com a ATC (Anatomical Therapeutic Chemical). Resultados: A prevalência de uso de MPI foi de 18,8% (IC95%: 16,9-20,6). As características que apresentaram associação positiva com o uso de MPI foram sexo feminino (RP= 1,35; IC95%: 1,01-1,83) e menor escolaridade (RP=1,13; 0,84-1,51). Com exceção da doxazosina, clonidina e estrógenos via oral, todos os outros medicamentos referidos pelos idosos são considerados com grau de severidade alta, segundo os critérios de Beers. A fluoxetina apresentou a maior prevalência (18%) de uso dentre os MPIs referidos pelos idosos, e mais da metade dos MIPs foram prescritos por profissionais de serviços privados. Conclusão: Apesar dos riscos associados ao uso dos MPIs por idosos, estes são amplamente utilizados no Brasil, cuja prevalência variou de 15 a 44%, sugerindo desconhecimento dos critérios de Beers-Fick por parte dos prescritores.
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