11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
20658 - TUBERCULOSE NO SISTEMA PRISIONAL DO RIO GRANDE DO NORTE MARIA CONCEBIDA DA CUNHA GARCIA - SESAP RN, EDUARDO ANTÔNIO DE FRANÇA MOTA - SESAP RN, VALÉRIA NEPOMUCENO GALVÃO SANTOS - SESAP RN, ERIKA SIMONE ROCHA MONTEIRO - SESAP RN, MARIA DE PAULA CARVALHO BRITO - SESAP RN, PAULO ROBERTO DA NÓBREGA COSTA - SESAP RN
Introdução: A incidência de casos de tuberculose no sistema prisional brasileiro é 28 vezes maior do que na população geral devido às condições ideais para a disseminação da doença. Objetivo: Descrever a situação epidemiológica da tuberculose no sistema prisional potiguar. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo, realizado no Rio Grande do Norte. Consideraram-se os casos notificados com tuberculose entre indivíduos privados de liberdade em 2015. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e analisados através de frequência absoluta e relativa. Resultados: Foram diagnosticados 103 indivíduos com tuberculose, 7,8% do total de casos. A maioria (n=77; 57,6%) era caso novo. Predominou a faixa etária de 25-34 anos (n= 46; 44,6%), sexo masculino (n=98; 95,1%) e forma clínica pulmonar (n=98;95,1%). Dentre doenças e agravos associados, sobressaiu o uso de drogas ilícitas (n=34; 33%), o tabagismo (n=18; 17,5%) e a AIDS (n=12;11,6%). Dentre os casos estudados, 58,2% evoluíram para cura, 5,8% para abandono e 3,9% para óbito por tuberculose. Observou-se ainda taxa de incidência de 137/100.000 habitantes em Nísia Floresta, município de locação do maior presídio do estado, enquanto a média estadual foi de 30,4/100.000 habitantes. Conclusões: Os percentuais de cura, abandono e óbito na população privada de liberdade não atendem as metas internacionais pactuadas pela OMS e governo brasileiro, e alertam para o risco de propagação da doença entre detentos, profissionais de saúde, agentes, familiares e comunidade. A ocorrência de tuberculose nos municípios do RN com sistema prisional apresenta a incidência 5 vezes maior que os demais.
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