11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
21062 - PADRÕES ESPACIAIS E AGLOMERADOS ESPAÇO-TEMPORAIS DE ELEVADO RISCO PARA OCORRÊNCIA DE CASOS DE HANSENÍASE, TRANSMISSÃO RECENTE E DIAGNÓSTICO TARDIO NO ELIANA AMORIM DE SOUZA - UFC, REAGAN NZUNDU BOIGNY - UFC, ANDERSON FUENTES FERREIRA - UFC, ALBERTO NOVAES RAMOS JR. - UFC
Objetivo: Analisar os padrões espaciais e aglomerados espaço-temporais de elevado risco para ocorrência de casos de hanseníase, transmissão recente e diagnóstico tardio no estado da Bahia, 2001-2014. Método: Estudo ecológico, incluindo casos de hanseníase diagnosticados de 2001-2014, nos 417 municípios do Estado da Bahia. Os coeficientes de detecção geral, em menores de 15 anos e de grau 2 de incapacidade física, foram calculados e estratificados segundo variáveis sócio-demográficas. As análises espaciais basearam-se nos coeficientes brutos e suavizados pelo método Bayesiano empírico local, além da verificação de dependência espacial pelos índices de Moran local e Getis-Ord. Resultados: no total, foram notificados 40.060 casos novos de hanseníase, 8,2% (3.296 em menores de 15 anos de idade) no Estado da Bahia no período do estudo, com média de 2.861 casos/ano e coeficiente de detecção geral de 20,41 casos/100.000 habitantes (IC 95%: 19,68-21,17). Residir no interior do Estado (RR=1,72; 95% CI: 1,54-1,92), em cidades de médio porte (RR=2,80; 95% IC: 2,50-3,13), localizadas na região Extremo-Sul do Estado (RR=6,56; 95% IC:5,13-8,39), ampliou o risco. Revelaram-se padrões desiguais de distribuição no espaço-tempo, com sobreposição de áreas de maior risco que indicam elevada magnitude, transmissão recente e diagnóstico não oportuno. Conclusões: A hanseníase mantém sua relevância epidemiológica na Bahia, ao longo destes 14 anos com grande endemicidade e padrões focais. Os clusters identificados em áreas de maior vulnerabilidade social reiteram a importância de focalizar ações de prevenção e controle integradas em regiões de maior risco.
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