09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Ambiente e saúde |
19548 - FATORES ASSOCIADOS A AUTOPERCEPÇÃO DO RUÍDO EM UM CENTRO URBANO: “ESTUDO SAÚDE EM BEAGÁ” MARINA DE FIGUEIREDO COLLA - UFMG, WALESKA TEIXEIRA CAIAFFA - UFMG, FERNANDA ABALEN MARTINS DIAS - UFMG, DÁRIO ALVES DA SILVA COSTA - UFMG, CÉSAR COELHO XAVIER - FASEH, FERNANDO AUGUSTO PROIETTI - FIOCRUZ MG, AMÉLIA AUGUSTA DE LIMA FRICHE - UFMG
Objetivo: Avaliar a autopercepção do ruído e sua associação com sexo, idade, autoavaliação da qualidade de vida, bem-estar psicológico e transtornos mentais. Métodos: Inquérito de saúde com base domiciliar com delineamento amostral probabilístico complexo. A população do estudo foi composta por 4.048 adultos que responderam a um questionário relacionado à autopercepção do ruído na vizinhança, qualidade de vida e morbidades. Foi considerada como variável resposta a autopercepção do ruído, investigada por meio da pergunta: “o ruído/barulho te incomoda?”. As variáveis explicativas foram sexo, idade, autoavaliação da qualidade de vida investigada por meio da pergunta: “como você avaliaria sua qualidade de vida?”, bem-estar psicológico pela escala de faces e sinais indicativos transtornos mentais por meio do questionário SRQ-20. A análise dos dados foi realizada por meio de análise descritiva e de associação por meio de regressão logística univariada e multivariada. Resultados: O barulho representa incômodo para 43,9% da população estudada. Para 77,25% dos participantes a qualidade de vida foi considerada como boa. Dentre os indivíduos que percebem barulho como incômodo 57,8% eram do sexo feminino, 57,7% avaliaram a qualidade de vida como ruim; 32,8% apresentaram sinais indicativos de transtornos mentais e 27,2% relataram mal-estar psicológico. O modelo multivariado indicou que ser do sexo feminino (OR=1,2;IC=1,0-1,5) e apresentar sinais indicativos de transtornos mentais (OR=1,6;IC=1,3-2,0) foram associados à percepção do barulho como incômodo. As demais variáveis não se associaram à essa percepção. Discussão: A percepção do barulho como incômodo especialmente entre mulheres e pessoas com transtornos mentais parece gerar impactos negativos na saúde.
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